sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MATANÇA – Quando a vítima é o culpado

        Cumprindo a tradição histórica da tucanalha, a banda podre do PSDB, Jatene elegeu como culpadas do caos institucionalizado as vítimas deste. Ou seja, todos nós, contribuintes anônimos, que sustentamos a máquina administrativa, pagando por uma segurança pública da qual estamos órfãos, na esteira do desvio de função na qual se locupleta a oficialidade da Polícia Militar e o sucateamento do aparato policial. Sucateamento que escancara a porteira da corrupção policial, que mantém, juntos e misturados, os policiais e aqueles aos quais a polícia deveria reprimir, em um desvio de caráter piramidal, que vai da cúpula a base.

        “Quando a sociedade não consegue resolver um problema, ela torna aquele problema um problema policial”, disparou Simão Jatene, no melhor estilo do Simão Preguiça, o personagem que encarna como governador, no qual é inocultável o fastio pelas responsabilidades do cargo e ao qual só atraem as pompas e circunstâncias do poder. A fala do reino de Simão Preguiça reedita, em cinismo, a indelével lambança do ex-governador tucano Almir Gabriel, que em 2006, ao postular um terceiro mandato como governador, atribuiu o pânico popular, diante da escalada da criminalidade, a uma mera “sensação de insegurança”, decorrente do sensacionalismo do noticiário policial, como se as estatísticas sobre homicídios, latrocínios e assaltos fossem ficcionais.

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