Mesmo tomando como verdadeira - para efeito de raciocínio, e tão-somente para efeito de raciocínio - a versão de Naná envolvendo a filha adotiva, soa inusitado que a menor, supostamente traumatizada por causa de uma cômica porém ingênua fotomontagem, passe incólume pela descoberta que a mãe é corrupta, e como tal capaz de fraudar licitações. E pela revelação de que Jorge Moisés Caddah, o namorado da mãe, que a ele se refere como “meu esposo”, seja um delinqüente contumaz, que até prisão já cumpriu, por fraude eleitoral. Sem esquecer que é réu confesso na fraude da folha de pagamento da Alepa.
Como levar a sério a versão de Naná se ela é capaz de submeter a filha ao convívio com um delinquente confesso e - mais grave! - reincidente? Do tosco mise-en-scène de Naná emerge uma constatação reveladora do seu caráter, ou mais precisamente da sua falta de caráter. Se ela foi capaz de valer-se da filha, de forma escandalosamente mentirosa, para tentar sensibilizar uma magistrada, do que não terá sido capaz de fazer, como procuradora e presidente da Comissão Permanente de Licitação da Alepa, para contemplar conveniências escusas, suas ou dos seus iguais?
3 comentários :
só Deus sabe.e a justiça dele é certa.
Eu quando arrumo namorado, a primeira providência que tomo, é saber se ele tem condições de conviver com os meus filhos. Não namoro e nem coloco qualquer um em casa, eu rspeito os meus filhos.
Tem criança que deve ser protegida pelo estado até dos pais.
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