As provas materiais já reunidas comprometem irremediavelmente Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a Naná. No rastro das investigações do Ministério Público Estadual sobre a avalancha de fraudes registradas na Alepa, ela foi flagrada fraudando pelo menos duas licitações, beneficiando a Hábil Informática & Assessorias, que assim embolsou, graciosamente, R$ 53.050,00. Ambas as licitações voltavam-se para a área de informática, especialidade de Jorge Moisés Caddah (foto), com o qual Naná vive um tórrido affaire, em conseqüência do qual protagonizou uma separação algo traumática de Walter Guimarães Rolim, com direito a barraco no próprio Palácio Cabanagem. O ex-marido de Naná vem a ser um jornalista crepuscular, que mantém uma coluna de amenidades no Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado.
Caddah é um técnico de informática reconhecidamente competente no seu ofício, mas despido de qualquer vestígio de escrúpulos. Ele não exibe currículo, mas prontuário, que inclui uma prisão de 90 dias, por crime eleitoral, além da recente prisão temporária, a pedido do Ministério Público Estadual. Delinquente confesso, durante a gestão de Domingos Juvenil, como presidente da Alepa, Caddah comandou um Centro de Processamento de Dados paralelo ao legalmente existente no Palácio Cabanagem. A ele coube operacionalizar as fraudes na folha de pagamento da Assembléia Legislativa do Pará, promovidas por Mônica Alexandra da Costa Pinto, então chefe da Seção da Folha de Pagamento, pela qual se disse apaixonado e com a qual teve um envolvimento episódico, o chamado sexo casual. No seu computador funcional foram encontradas cópias de atas de licitações, prontas para impressão, em uma evidência que os laços de Caddah com Naná se estendiam a negócios escusos. Caddah, de resto, tem a proteção dos deputados Simone Morgado, do PMDB, 1ª secretária da Alepa, e Parsifal Pontes, líder do partido no Palácio Cabanagem.
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