Rony, jovem revelação: venda nebulosa, que despertou suspeitas. |
A falta de credibilidade da atual
administração é o que serve de combustível para a rejeição a Pedro Minowa no
Condel, o Conselho Deliberativo, que afastou temporariamente o atual presidente
do Remo, por 50 votos contra 23, designando uma comissão para apurar as
suspeitas de improbidade. Primeiro presidente da história do clube eleito pelo
voto direto dos associados, apesar da oposição dos cardeais azulinos, Minowa
teve seu nome associado a supostas falcatruas a partir de nebulosos episódios,
como o contrato celebrado com uma empresa supostamente fantasma, a Prime Sport.
O mais vistoso desses nebulosos episódios foi a venda do atacante Rony, a jovem revelação azulina,
ao Cruzeiro, de Minas Gerais, por R$ 238 mil, sob a qual chegou a pesar a
suspeita de se tratar de uma operação triangular, envolvendo o arquirrival
Paysandu, que seria o destino real do jovem jogador azulino.
Uma operação triangular, ou não, a venda de
Rony suscitou suspeitas, ao ter o valor da venda do atacante questionado, e por
ter sido consumada à revelia do Conselho de Futebol. Como agravante, o que
torna a transação nebulosa, Minowa assinou um documento doando 100% dos
direitos econômicos ao empresário do jogador, Hércules Júnior. Mas não só isso.
A transação foi consumada sem nenhuma consulta à Diretoria Jurídica do Remo.
Não por acaso, os três integrantes do Conselho de Futebol – André Cavalcante,
Carlos Gama e Heitor Freitas – fizeram contundente críticas ao atual
presidente, de corpo presente, na reunião do Condel que decidiu pelo afastamento
temporário de Minowa.
André Cavalcante foi particularmente
incisivo, ao salientar as evidências de gestão temerária. Recordou, por
exemplo, que o vice-presidente, Henrique Custódio, solicitou afastamento do
cargo por seis meses, por se sentir alijado por Minowa. “Em sua fala, o
Henrique Custódio lamentou que estivesse afastado de todas as negociações
envolvendo atletas, inclusive no caso de Rony”, observou André Cavalcante,
endossado por Heitor Freitas. “Atualmente o Clube do Remo não tem diretor
Jurídico e Financeiro, e dessa forma o clube estará sujeito a grandes perdas”,
reforçou Heitor Freitas.
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