Na reprodução de página do Diário do Pará, a foto de Izabela Jatene, ao ser presa pela PF. |
Deboche maior, se verdadeira a notícia, só
mesmo escalar a primeira-filha, Izabela Jatene, para falar sobre “Cultura da
paz”, na XIX Feira Pan-Amazônica do Livro. O que de mais
notável Izabela Jatene ostenta no currículo é ter sido presa por crime
eleitoral pela Polícia Federal, em 1998, juntamente com o marido, Ricardo Augusto Garcia de Souza. O distinto casal
foi flagrado com 20 mil cestas básicas que seriam distribuídas pela campanha do então governador Almir Gabriel, candidato à reeleição pelo PSDB. A campanha de Almir
Gabriel era coordenada pelo atual governador, Simão Jatene, na época a
eminência parda do governo tucano no Pará, e as cestas básicas eram estocadas
em um armazém da empresa de Flexa Ribeiro, empresário que hoje é senador pelo
PSDB.
Depois disso, Izabela Jatene foi flagrada em um telefonema comprometedor, no qual solicitava ao subsecretário de Receitas da Secretaria da
Fazenda do Pará, Nilo Noronha, a lista das 300 maiores empresas do Estado. “Consegue pra mim? Manda pro meu e-mail?”, indagava
Izabela, que, a seguir, justificava candidamente o porquê do pedido: “Vamos
começar a buscar esse dinheirinho deles, né?”. A resposta de Nilo Noronha:
“Claro. Qual é o teu e-mail?”. O diálogo ocorreu entre
abril e maio de 2011, poucos meses depois de Jatene assumir pela segunda vez o
governo do Pará, e foi grampeado por acaso, com autorização da Justiça, na
esteira das investigações sobre um sequestro no qual estava envolvido Gilson
Silva de Almeida, gerente de uma fazenda de Nilo Noronha, no
município de Castanhal.
De resto, de obscura professora universitária, Izabela Jatene ganhou
notoriedade na esteira da ascensão política do ilustre pai. Ela já comandou a
fundação Pro Paz, criada inicialmente como um programa social destinado a crianças
e adolescentes carentes. Este ano foi nomeada para a Secretaria Extraordinária
de Integração de Políticas Sociais. A secretaria foi criada menos de três meses
depois de Jatene obter a aprovação de uma reforma para supostamente enxugar a
máquina administrativa estadual.
Um comentário :
Cadeia para esses bandidos
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