Mauro César Freitas dos Santos, filho e sócio: impunidade que agride. |
O kit portado por Mauro, ao ser preso: próprio do tráfico de drogas. |
O jaez de Mauro César Lisboa
Santos e a credibilidade de sua banca de advocacia podem ser mensurados pelos desdobramentos do episódio policial protagonizado por Mauro César Freitas dos Santos, filho e
sócio do ex-administrador judicial da Celpa. Mauro
Cesar Freitas dos Santos, convém lembrar, foi preso e autuado em flagrante pela
Polícia Rodoviária Federal na tarde de 26 de abril de 2012, na BR-316, na
altura de Castanhal, quando dirigia sua caminhonete. Parado por uma blitz da
Polícia Rodoviária Federal, ele portava, na ocasião, uma pistola Taurus calibre
638, com dez munições, mas sem porte de arma; de 60 a 80 gramas de haxixe; além
de uma balança de precisão; um par de algemas; um cachimbo; e um bastão retrátil,
usado para defesa pessoal.
Irremediavelmente
comprometedor, o kit portado por Mauro César Freitas
dos Santos, a quando da sua prisão, é próprio não de
consumidor, mas de traficante de drogas, evidência que torna tanto mais
gracioso o habeas corpus que tirou o jovem advogado da prisão já no dia
seguinte, 27 de abril de 2012, apesar da gravidade do delito. Pelo seu próprio
status social e profissional, que lhe permitiu construir uma vasta teia de
amizades e relações influentes, parcela expressiva das quais herdadas do pai, Mauro
Cesar Freitas dos Santos é uma ameaça ambulante, capaz de obstaculizar – não só
pessoalmente, mas também valendo-se de terceiros – as investigações. Recorde-se
que ele era, na época, presidente da Comissão de
Jovens Advogados da OAB Pará, a Ordem dos Advogados do Brasil, entre
cujos conselheiros figurava seu pai, Mauro César Lisboa
Santos.
O
episódio permite uma ilação imediata. Se pai e filho são carentes de notório saber
jurídico, obviamente são exímios em matéria de tráfico de influência e burla a
lei. Afinal, apesar das evidências do envolvimento de Mauro
César Freitas dos Santos com o tráfico de drogas, o jovem advogado segue
militando na profissão, livre, leve e solto, a uma distância continental da
cadeia na qual deveria estar.
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