Segue
abaixo a notícia da Folha de S. Paulo,
segundo a qual a última pesquisa do Datafolha revela que o eleitorado está “sedento”
por mudanças, o que coincide com a ascensão da candidatura de Marina Silva, do PSB.
Além de avanço de
Marina, Datafolha detecta eleitor 'sedento' por mudanças
DE SÃO PAULO
30/08/2014 11h20
O avanço da candidata à Presidência da
República pelo PSB, Marina Silva, na última pesquisa Datafolha ocorre no
momento em que o instituto também detecta uma taxa recorde de eleitores
"sedentos" por mudanças.
A pesquisa, finalizada nesta sexta (29)
mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB) numericamente empatadas na simulação de primeiro turno da
eleição presidencial. Cada uma tem 34% das intenções de voto.
Na mesma pesquisa, de cada dez
entrevistados, oito afirmam preferir que as ações do próximo presidente sejam
diferentes das atuais.
A taxa de desejo de mudança (79%) está
três pontos acima da identificada na pesquisa anterior, que já era comparável
apenas ao número apurado em setembro de 2002, véspera da eleição vencida pelo
então oposicionista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na análise das intenções de voto por
região, o equilíbrio entre Dilma e Marina no primeiro turno desaparece.
Marina vence Dilma com folga nas regiões
Sudeste, a mais populosa (35% a 26%), e Centro-oeste (39% a 29%).
Dilma, por sua vez, bate Marina com
larga margem no Nordeste, a segunda região mais populosa (47% a 31%), e no
Norte (46% a 30%).
As duas ex-ministras do governo Lula
estão numericamente empatadas nos três Estados do Sul (32% a 32%).
Dilma continua líder em rejeição, com
35% dispostos a não votar nela de jeito nenhum. Nesse aspecto, a vantagem de
Marina é robusta: só 15% do eleitorado a rejeita.
Também há grandes diferenças entre as
intenções de voto em Dilma e em Marina nos vários segmentos sociais
investigados pelo Datafolha.
Marina vai bem melhor que Dilma entre os
eleitores mais jovens, de 16 a 24 anos (42% a 31%); junto aos que têm ensino
superior (43% a 22%); no grupo dos que têm renda familiar mensal entre 5 e 10
salários mínimos (44% a 21%); e nas cidades com mais de 200 mil e menos de 500
mil habitantes (38% a 26%).
Já Dilma ostenta vantagem robusta sobre
Marina no grupo das pessoas com mais de 60 anos (38% a 25%); entre os que têm
ensino fundamental (44% a 25%); no universo dos mais pobres, com renda familiar
mensal de até dois salários mínimos (41% a 31%); e nos municípios pequenos, com
até 50 mil habitantes (44% a 29%).
Religião também apresenta diferenças
significantes. Os católicos, o maior grupo, preferem Dilma (38% a 30%). Mas
Marina tem vantagem mais significativa entre evangélicos de igrejas não pentecostais
(44% a 29%) e entre pentecostais (41% a 30%).
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