A publicação da notícia sobre o mandado de busca e apreensão dos planos de voos do jatinho da empresa ORM Air, no site do MPE, embora a posteriori da operação, constitui-se em um gesto que dignifica a instituição, naquilo que atesta sua independência, resgatando pelo menos parcela da credibilidade, ao sepultar a ilação de que possa ser refém ou coonestar conveniências espúrias. Além de sugerir que seus promotores de Justiça não estão sendo cristianizados, covardemente expostos a retaliações quando, por dever de ofício, entram em rota de colisão com os eventuais inquilinos do poder, que historicamente recalcitram em entender que inexiste vilania em apurar os atos de autoridades públicas, porque este é um direito inalienável do conjunto da sociedade. Sem esquecer, naturalmente, da importância do gesto para o trabalho da Assessoria de Imprensa do MPE, cujo principal compromisso deve ser, sempre, com a transparência, sem embargo do respeito hierárquico e da lealdade para com seu assessorado.
A autocrítica embutida no gesto de quebrar o silêncio até então mantido pelo MPE sobre o imbróglio da ORM Air em nada arranha a imagem do procurador-geral de Justiça, Antônio Eduardo Barleta de Almeida (foto). Pelo contrário. Com isso ele dignifica sua administração e revela aquela saudável humildade do homem que sabe que não é Deus. E por isso, exatamente por isso, revela a virtude de aprender com a adversidade e, ao assim fazer, sair maior, muito maior, do que quando nela entrou. Tal qual acaba de ocorrer.
Um comentário :
Baratinha, tá na hora de mudar essa foto do Barleta, afinal, essa foto é muito antiga, acho até que essa foto foi tirada quando ele tomou posse no MPE. Coloca uma foto mais recente, com ele mais ... "maduro".
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