Independentemente da lambança patrocinada pela Secult, ao privatizar a distribuição dos ingressos para o show de Liah Soares (foto) no Theatro da Paz, impressiona a estultícia de levar um show supostamente popular, com uma artista com a popularidade em alta, para a vetusta casa de espetáculos, de lotação limitada. Fica fatalmente no ar a ilação de que, para os poderosos de plantão, ao populacho conviria se contentar com a canja que a cantora e compositora deu no Ver-O-Peso, onde na manhã deste sábado o governador Simão Jatene e o prefeito Zenaldo Coutinho fizeram seu proselitismo eleitoral.
Para além da estultícia, impressionou a truculência dos seguranças do Theatro da Paz, diante da indignação popular, em um caso típico de osmose, face o exemplo que vem de cima. Particularmente um dos seguranças, bastanhte alto, que reagia a tudo com um riso debochado e etiquetou de “palhaçada” os protestos, além de xingar um rapaz de “palhaço”. O jovem, irado, após ser repetida vezes instigado pelo segurança, abdicou do bom-tom e disparou: “Palhaço é a mãe!” Aparentemente, a reação frustrou o segurança, que parecia provocar o jovem, na expectativa de ser ofendido por ser negro e, assim, retaliar a caráter o rapaz, por preconceito.
Ironicamente, quem bem resumiu a aparente motivação do imbróglio da parca distribuição de ingressos para o show de Liah Soares foi um lavador de carros já idoso, que faz ponto da Praça da República. “O caso é que essa gente graúda tem preguiça de assistir um show em pé, fora do ar condicionado. Eles não fazem show no teatro para o povo, não. Eles fazem show no teatro para poder assistir no bem-bem”, sentenciou. Faz sentido.
Nem nossa amada Belém, nem a bela e competente Lia Soares, menos ainda o povo sofrido, merecem essa lambança. Aliás, ninguém merece!
4 comentários :
E ainda estamos em 12 de janeiro de 2013...!!!!????..... Ainda faltam 04 anos.
Canja de verdade foi a Lia ser citada no teu blog só com elogios.
Dá-lhe Lia!
12 dias e foi isso que o povo recebeu e um punhado de bolo que o zenaldo, olhava com cerrto nojo.
esse lavador de carros merece um busto na praça da república, é a mais pura sabedoria popular frente a uma elite tão preconceituosa e exibicionista; que nem no tempo da belle epoque.
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