Mas, pensando bem, o que esperar de alguém do jaez de Nilson Pinto, o Nilsinho? Há muito tempo que ele passa ao largo de pudores éticos, a pretexto do realismo político. No caso dele e de outros tantos que esgrimem essa mesma justificativa, realismo político é o eufemismo que serve para escamotear as ações e omissões indignas que costumam pavimentar a escalada de políticos fisiológicos, sem luz própria para sobreviver eleitoralmente por seus próprios méritos.
A quando do escândalo da farra de passagens aéreas das cotas dos parlamentares do Congresso Nacional, utilizadas para fins alheios às atividades parlamentares, Nilson Pinto e Lena Conceição Ribeiro Ferreira, a Lady Kate, foram flagrados como dois dos ilustres beneficiários da escandalosa patifaria, como revelou o Blog do Barata na edição de 4 de maio de 2009, em postagem que pode ser acessada pelo seguinte endereço eletrônico:
Valendo-se da sua própria cota de passagens aéreas como deputado federal, bancadas pelo Congresso Nacional e em tese destinadas às atividades parlamentares, Nilsinho e sua Lady Kate fizeram um tour romântico em Santiago do Chile. Tudo devidamente bancado, como diz o jornalista Ancelmo Góes, de O Globo, com o meu, o seu, o nosso dinheirinho. Presume-se que seja o mundo curvando-se diante da suposta austeridade do probo Nilsinho e da hoje cosmopolita Lena Conceição, que assim ultrapassou, enfim, as fronteiras do subúrbio, em um feito devidamente registrado, na ocasião, pelos colunistas de amenidades de categoria duvidosa, para dizer o mínimo.
Por seu deslumbramento com o que supõe ser notoriedade, Lena Conceição é hoje conhecida como Lady Kate, a personagem de Zorra Total, o programa humorístico que a TV Globo exibe nas noites de sábado. Interpretada pela atriz carioca Katiuscia Canoro, Lady Kate caiu no gosto popular, com seu indefectível bordão: “Tô pagando!..”. Como a personagem de Katiuscia Canoro, Lena Conceição pode perfeitamente, se quiser, incorporar como seu outro bordão de Lady Kate: “Só me falta-me o gramour!” Nada mais previsível, diga-se. Como a histriônica personagem da ficção , Lena Conceição também saiu do subúrbio, mas o subúrbio jamais saiu dela. Sem nenhum demérito para quem vive no subúrbio, mas sem renegar suas origens ou turbinar sua pretensa ascensão social com expedientes que certamente fariam corar até aquelas que vivem da mais antiga das profissões.
Um comentário :
O povo tem que estar indignado com tanto lixo e qdo vai acabar tudo isso?
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