No Palácio Cabanagem, esta semana que se encerra registrou uma irada investida, contra os jornalistas, dos deputados Parsifal Pontes (foto), Líder do PMDB, e Manoel Pioneiro, presidente da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará. Indignados, ambos esbravejaram não contra os barões da comunicação no Pará, aos quais os parlamentares em geral habitualmente incensam e com os quais costumam manter uma relação algo promíscua, mas contra os jornalistas genericamente, aos quais acusaram de parciais e sensacionalistas, assim contribuindo para o desgaste da imagem da Alepa junto ao eleitorado. Indo mais além, ambos vociferaram que alguns jornalistas seriam supostamente venais, silenciando, sobre eventuais mazelas do Legislativo, em troca de propinas.
Como a liberdade é, sobretudo e principalmente, a liberdade de quem discorda de nós, ambos os deputados têm todo o direito de não só criticar os circunstanciais deslizes das coberturas jornalísticas, como também de denunciar, se for o caso, os jornalistas desonestos, que se valem do acesso privilegiado aos círculos de poder, para vender proteção e/ou obter vantagens ilícitas, mediante o tráfico de influência, postura própria de bandidos. Agora, generalizar essa grave acusação, sem nominar os jornalistas supostamente movidos por interesses escusos, soa repulsivamente leviano. Nominar os jornalistas supostamente corruptos será extremamente saudável, porque fatalmente permitirá uma ampla faxina ética, capaz até de incluir os parlamentares que eventualmente não dignifiquem o madato que lhes foi confiado. Afinal, corrupção é rua de mão dupla. Se ocorre é porque um oferece e outro aceita, ou porque um pede e o outro concede. A corrupção, pelo menos nos termos denunciados por Parsifal Pontes e Manoel Pioneiro, invariavelmente inclui corruptores e corrompidos. Logo, lucraríamos todos, ao enfim sabermos, com nome e sobrenome, quais os jornalistas supostamente corruptos e quais os deputados que supostamente alimentam a corrupção. E que, ao assim fazê-lo, se nivelam aqueles que os achacam e que acabam por ser, ao fim e ao cabo, tão corruptos quanto aqueles a quem denunciam, sem nominá-los.
Sobre a Assembléia Legislativa ter suas mazelas frequentemente expostas pela mídia, queixa enfaticamente esgrimida por Parsifal e Pioneiro, cabem dois reparos. Primeiramente, convém acentuar que compete aos parlamentares, e prioritariamente a eles, varrer de cena essas mazelas. No mais, denunciá-las é louvável, porque institui a transparência como moeda corrente. Sem esquecer, naturalmente, que quem discorda, quem debate, quem esclarece, não oferece o menor perigo. O perigo vem, sempre, de quem concorda, de quem se acomoda, de quem é subserviente por cálculo, vocação, formação e interesse. Quem é a favor, sim, é perigoso e caríssimo, porque seu silencia vale ouro.
7 comentários :
Barata esse parsifal tem uma ficha corrida imensa e so ir no site transparencia brasil e verificar o prontuario do elemento.
Menino, juro a vc, fiquei tocada. Égua do texto. Tem coleguinha que não vale nada e também médico aborteiro, advogado sem ética - que se apropria até de bens que não poderia - político corrupto (até a alma), engenheiro que derruba edifício, servidores que roubam o erário e etc. etc. (mil vezes)
Barata, a bem da verdade, o Pioeneiro não investiu contra jornalista nenhum e o Parsifal falou dos donos de jornais e não dos jornalista. Ele disse que os jornais só falam bem quando são pagos.
todos os males da assembleia foram causados por ti, Barata, sabia nao? tudo culpa tua!
Decididamente, o PSDB é um partido falido.
Quem tem em seus quadros Manoel Pioneiro, Mario Couto e Zenaldo Coutinho, um fascista nos tempos de UFPa, não pode ir para frente.
Para piorar a situação, o Jatene acoberta todo tipo de patifaria.
Vão levar chumbo nas próximas eleições.
Ele falou da imprensa sim, eu estava num gabinete de deputado e ouvi. Gozado esse povo, quando eles querem divulgar os seus projetos a imprensa é óóóótima, mas quando a imprensa descobre as safadezas deles, aí não presta.
O Deputado Parsival merece admiração!
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