Já sob a propriedade dos Maiorana, a Folha do Norte circulou episodicamente, em períodos distintos. O mais longo dos quais entre 1990 e 1991, em função da sucessão estadual de 1990, vencida por Jader Barbalho, apesar da feroz oposição dos Maiorana. Estes, ainda sob o impacto da morte do seu patriarca, apoiaram o empresário e ex-prefeito de Belém Sahid Xerfan, do PTB, o candidato do governador de então, Hélio Gueiros, ex-aliado de Barbalho, a quem sucedeu no governo, para posteriormente romper com o avalista de sua eleição, com o qual se reconciliaria já em 1998.
A idéia era utilizar a Folha do Norte para fazer a campanha a favor de Xerfan e contra Barbalho sem peias, papel que acabou por conta do próprio O Liberal. Essa sobrevida justificou a contratação de Walmir Botelho, paraense que é um dos mais competentes jornalistas de sua geração, com uma exitosa passagem pelo Correio Braziliense e cujo talento já ficara evidente quando comandou o Estado do Pará, na época arrendado pelo advogado Avertano Rocha.
Os desdobramentos permitiram concluir que, ao contratar Walmir Botelho, Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, na verdade mirava em se firmar como sucessor do pai. Para tanto, era indispensável sepultar o dualismo de autoridade representado pela presença de Cláudio Augusto Sá Leal, já morto e que foi um jornalista de competência e experiência reconhecidas, sem cujo nome não se consegue escrever a história da imprensa no Pará, mas na época já crepuscular, pela idade e pelos problemas cardíacos. Um profissional da mais absoluta confiança do patriarca dos Maiorana, com o qual estabeleceu uma relação de respeito e cumplicidade, Leal também sempre mereceu a confiança da viúva de Romulo Maiorana, o que fez dele uma eminência parda, incômoda demais diante das pretensões de Rominho. Ao tornar Walmir Botelho redator chefe de O Liberal, Rominho esfarinhou lenta e gradualmente a ascendência de Leal, pavimentando o caminho que o levou a centralizar o comando do grupo de comunicação dos Maiorana, que inclui a TV Liberal, afiliada no Pará da Rede Globo de Televisão, condição que por si só é uma respeitável fonte de poder.
A idéia era utilizar a Folha do Norte para fazer a campanha a favor de Xerfan e contra Barbalho sem peias, papel que acabou por conta do próprio O Liberal. Essa sobrevida justificou a contratação de Walmir Botelho, paraense que é um dos mais competentes jornalistas de sua geração, com uma exitosa passagem pelo Correio Braziliense e cujo talento já ficara evidente quando comandou o Estado do Pará, na época arrendado pelo advogado Avertano Rocha.
Os desdobramentos permitiram concluir que, ao contratar Walmir Botelho, Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, na verdade mirava em se firmar como sucessor do pai. Para tanto, era indispensável sepultar o dualismo de autoridade representado pela presença de Cláudio Augusto Sá Leal, já morto e que foi um jornalista de competência e experiência reconhecidas, sem cujo nome não se consegue escrever a história da imprensa no Pará, mas na época já crepuscular, pela idade e pelos problemas cardíacos. Um profissional da mais absoluta confiança do patriarca dos Maiorana, com o qual estabeleceu uma relação de respeito e cumplicidade, Leal também sempre mereceu a confiança da viúva de Romulo Maiorana, o que fez dele uma eminência parda, incômoda demais diante das pretensões de Rominho. Ao tornar Walmir Botelho redator chefe de O Liberal, Rominho esfarinhou lenta e gradualmente a ascendência de Leal, pavimentando o caminho que o levou a centralizar o comando do grupo de comunicação dos Maiorana, que inclui a TV Liberal, afiliada no Pará da Rede Globo de Televisão, condição que por si só é uma respeitável fonte de poder.
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