O juiz Charles Claudino (à esq., com Barroso): postura questionável. |
O que falta para a Justiça Eleitoral
defenestrar do cargo o prefeito de São João de Pirabas, Luiz Cláudio Teixeira
Barroso (PMDB), diante das acintosas evidências de que sua reeleição em 2012
foi pavimentada pela fraude eleitoral, e apurar a postura algo suspeita, para
dizer o mínimo, do juiz Charles Claudino Fernandes? Esta é a pergunta que não
quer calar, diante da ação lenta e parcimoniosa da Justiça Eleitoral, que, com
isso, favorece Barroso, protagonista de uma administração pontuada por
denúncias de corrupção. Até recentemente ele foi afilhado político da deputada
federal Simone Morgado (PMDB/PA), mas hoje está alinhado com o governador Simão
Jatene (PSDB), a quem apoiou no segundo turno da eleição para o governo de
2014, traindo o candidato peemedebista Helder Barbalho. Na esteira de uma ação
civil pública por improbidade administrativa, ajuizada pelo MPE, o Ministério
Público do Estado do Pará, Barroso foi afastado do cargo por decisão da
desembargadora Célia Regina Pinheiro, mas posteriormente a desembargadora Elena Farag concedeu efeito
suspensivo e reintegrou ao cargo o prefeito afastado do município, Luiz Cláudio
Teixeira Barroso (PMDB), apesar da exceção de suspeição suscitada. Antes do 1º
turno das eleições de 2014, quando o prefeito ainda estava engajado na campanha
do PMDB, em comício em São João de Pirabas, a então deputada estadual Simone
Morgado, candidata à Câmara Federal, antecipou a decisão da desembargadora
Elena Farag favorável a Barroso.
Segundo fonte do Blog do Barata,
testemunha privilegiada da fraude eleitoral e que na época ocupava um cargo
comissionado na administração municipal, cerca de 3.500 eleitorais,
emitidos irregularmente, pavimentaram a reeleição do prefeito Luiz Cláudio
Teixeira Barroso. “Testemunhei todo o esquema”, relata a fonte, acrescentando
que o esquema criminoso envolveria a então secretária de Educação, Luciana
Carneiro, e Nailson Reis, servidor da Prefeitura Municipal de São João de
Pirabas, cedido ao cartório eleitoral do município de Primavera. “Em princípio,
ele (Nailson Reis) e Luciana (Carneiro) faziam o esquema funcionar, em princípio, de três
formas: mediante ações oficiais de emissão de títulos eleitorais; emissão de
títulos eleitorais agendadas pela própria secretária de Educação, na
prefeitura; e emissão de títulos eleitorais nas escolas municipais, a pretexto
das ações de cidadania”, conta a testemunha da fraude. E, irônica, salienta: “Mas
havia também a emissão delivery, na
qual Nailson retirava escondido os formulários para emissão de títulos
eleitorais em branco, repassava para Luciana , que ia de casa em casa preenchê-los,
para então devolvê-los a Nailson. Emitidos os títulos pelo juiz eleitoral, que
deveriam ser entregues no cartório eleitoral, eles voltavam para as mão de
Luciana, que se encarregava de entregá-los aos seus eleitores, a domicílio.”
Para além dos fortes indícios de fraude, a
falcatrua evidenciou-se a partir de um e-mail enviado por Nailson Reis, o
funcionário da Prefeitura de São João de Pirabas cedido ao cartório eleitoral
de Primavera, para a secretária municipal de Educação, Luciana Carneiro.
Conforme a fonte do Blog do Barata, ela foi não só cúmplice, mas também beneficiária da tramóia, elegendo-se,
pelo PMDB, a vereadora mais votada do município em 2012, com 848 votos. O
e-mail foi “estranhamente”, na definição da testemunha da fraude, retirado do
processo pelo juiz Charles Claudino Fernandes, o mesmo magistrado que respondia
pelo cartório eleitoral de Primavera, na época da fraude e que julgou improcedente
a denúncia oferecida pelo MPE, o Ministério Público do Estado. A sentença de Charles
Claudino Fernandes ocorreu um ano e sete meses depois do juiz, inexplicavelmente,
manter dormitando em sua gaveta o processo sobre a fraude eleitoral em São João
de Pirabas. A ação agora tramita em outra instância, mas a postura do
magistrado perdura sendo acidamente questionada. “Eu nunca vi um juiz julgar
uma causa na qual é citado!”, desabafa a fonte do blog.
Um comentário :
É isso aí Barata, mostra tudo sobre Pirabas, coisa que os Maiores Jornais do Estrado não tem coragem ou um Mistério envolve os Maioranas e Barbalhos com o atual prefeito Cláudio Barroso/PMDB, o que será????.
Agora as Instituições (TRE e TJE/PA) se quiserem mesmo Defenestrar esse Ladrão, Corrupto e Nefasto a Oportunidade é essa, pois já esta nos Gabinetes dos Juizes, ALTEMAR PAES E ROMULO NUNES, respectivamente o Processo de Fraude Eleitoral, AIJE 71279 e o de Improbidade Administrativa, para despacharem em Sessão Plenária o que a Maioria do Povo de Pirabas deseja, a saída Imediata do Cláudio Barroso e sua Quadrilha.
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