O escândalo da fraude eleitoral em São João
de Pirabas nas eleições de 2012, que pavimentaram a reeleição do prefeito Luiz
Cláudio Barroso – formalmente no PMDB, mas alinhado com o governador Simão
Jatene (PSDB) desde a sucessão estadual de 2014 –, se constitui em um mosaico
de iniquidades que conspiram contra a democracia. Por si só, o vagar com que o
processo é conduzido remete à banalização do crime, irmã siamesa da corrupção,
e mina a credibilidade das instituições que deveriam resguardar,
intransigentemente, os postulados essenciais ao pleno exercício da cidadania,
do qual é cláusula pétrea o respeito às leis.
No escândalo da fraude eleitoral de São
João de Pirabas tem-se, por exemplo, uma promotora de Justiça, Erica Almeida de Sousa,
que consumiu mais de dois anos e cinco meses para subscrever uma postaria
determinando a apuração da falcatrua. Embora admita, na portaria, que “se
verificou, através de depoimentos testemunhais tomados pelo Ministério Público,
a possível veracidade” das denúncias. Isso sem que a administração superior do
Ministério Público do Estado do Pará se preocupasse em saber o porquê da ação
lenta e parcimoniosa da promotora e determinasse a agilização das
investigações, diante da gravidade das denúncias.
Mais grave,
muito mais grave, porque agride as noções básicas de equidade que são, ou
deveriam ser, da natureza da Justiça, é a participação, no processo sobre a
fraude, do juiz Charles Claudino Fernandes, que se arvora a julgar, com uma
desfaçatez de corar anêmico, uma ação judicial da qual é parte. As fraudes
perpetradas, convém lembrar, ocorreram quando o magistrado comandava o cartório
eleitoral de Primavera, epicentro da enxurrada de títulos falsos que inundou
São João de Pirabas nas eleições de 2012, para além de outros ilícitos que
figuram no processo. A existência da fraude obviamente tisna a imagem do juiz
Charles Claudino Fernandes, tanto quanto torna questionável a eficácia da
correição promovida na época pelo então corregedor do TRE, o Tribunal Regional
Eleitoral do Pará, e hoje seu presidente, desembargador Raimundo Holanda.
3 comentários :
É Barata, ainda dizem que não tem corporativismo entre os Magistrados, mas o que me deixa mais Revoltado é que desde quando o Cláudio Barroso assumiu a prefeitura que ele conta com seus aliados como TCM, MP, MPF e TJE e hoje conta com o mais novo aliado o TRE que quer encobrir a Sacanagem deste juiz P.............., bem que o CNJ e o CNMP deveriam se manifestar no caso de Pirabas, pois o Descaso só tem a beneficiar o Magistrado, prefeito Cláudio Barroso e todos os Corruptos envolvidos.
Eles, os Envolvidos no Esquema da Fraude Eleitoral, dizem que não vai dar em NADA, pois tá tudo Dominado, pois como é que o TRE/PA vai condenar os Mesmo sem também PUNIR este JUIZ, Charles Claudino, se a Fraude foi feito dentro do Cartório Eleitoral, em que Ele era o responsável e que o Funcionário da prefeitura de Pirabas, cedido ao Cartório, Nailson Pinheiro, produzia os Títulos para a Quadrilha, como acusa o E-mail desentranhado do Processo pelo JUIZ.
Vamos esperar, esperar e esperar......
Será barata, que o TRE/PA vai "rasgar" a própria Carne e Condenar os Envolvidos no Esquema da Fraude Eleitoral de Pirabas, duvido, pois Eles da "Corte", preferem acobertar os Magistrados envolvidos em "Esquemas", se não como vai ficar a Situação da Corte Também perante a Opinião Pública.
Postar um comentário