sexta-feira, 20 de março de 2015

PIRABAS – Proposição engavetada escancara fraude

Cláudio Barroso com Simone Morgado, cuja influência pavimentou...

...a manobra de Mara Barbalho, a mando de Jader, garantindo a...

...impunidade do prefeito corrupto, agora aliado de Simão Jatene (à dir.).

Uma afrontosa manobra, com as digitais do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, garantiu em 2012 a impunidade do prefeito de São João de Pirabas, o peemedebista Luiz Cláudio Teixeira Barroso, hoje alinhado com o governador tucano Simão Jatene e cuja reeleição, com fortes evidências de ter sido pavimentada por uma escandalosa fraude eleitoral, aguarda o julgamento da Justiça. Na época afilhado político da hoje deputada federal Simone Morgado (PMDB/PA), então deputada estadual e cuja ascensão política coincide com o affaire com Jader, Barroso é protagonista de uma administração calamitosa, pontuada por acintosas evidências de corrupção. Coonestada pelos então presidente e corregedor do TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará, os ex-deputados estaduais tucanos Zeca Araújo e Cezar Colares, respectivamente, o ardil, para poupar o prefeito de São João de Pirabas foi consumado por Mara Lúcia Barbalho da Cruz, não por acaso irmã de Jader Barbalho, ex-procuradora janelada do TCM e na ocasião vice-presidente do tribunal. Na ausência de Zeca Araújo, Cezar Colares abriu a sessão e, em seguida, passou a presidência para Mara Lúcia Barbalho da Cruz, que tratou de anular o ato que conferia a função de relatora do processo a Márcia Tereza Assis da Costa, auditora de carreira do TCM e uma profissional de competência, experiência e probidade reconhecidas, cuja proposição de voto acatava a denúncia contra Barroso. Ao auditor, além de substituir conselheiros nas ausências e impedimentos destes, cabe relatar processos que lhe sejam redistribuídos, com proposta de decisão a ser votada pelos conselheiros. Com a proposição de voto de Márcia devidamente engavetada, pavimentou-se o atalho da impunidade.

A denúncia contra o prefeito de São João de Pirabas, da qual foi relatora Márcia Costa, incluía um vasto elenco de ilícitos. As tramóias de Barroso incluíam de contratos celebrados e despesas executadas sem realização de prévia licitação a contratação de empresas irregulares e favorecimento de parentes do prefeito, vereadores e servidores público. E passavam por descumprimento de diversos dispositivos legais, como fracionamento de despesa, ausência de comprovação de regularidade fiscal junto ao FGTS e ao INSS, processos de dispensa e inegixibilidade de licitação sem a devida formalização, ausência de assinatura dos licitantes em atas de abertura de convites e a ausência de publicação do resumo do edital de tomadas de preços em jornal de grande circulação. A denúncia também incluía desrespeito a lei nº 4.320/64 (com realização de despesa sem prévio empenho, pagamento de despesa sem a regular liquidação e ausência de incorporação contábil de bem adquirido ao patrimônio do município) e a falta da remessa da declaração de bens dos gestores municipais ao TCM.

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