segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SERRA PELADA – A suspeita omissão do MP

        “Vale ressaltar que o referido representante do Ministério Público, em sua denúncia, informa que Antônia Alves de Oliveira recebeu em suas contas pessoais valores repassados diretamente pela Colossus num total exato de R$ 19.183.985,00. Como visto, diante de tamanha farra criminosa, ricamente narrada pelo Ministério Público, há de se imaginar o tamanho da distribuição ilícita de dinheiro com que a Colossus vem alcançando seus objetivos”, observa também o presidente da Associação de Defesa do Patrimônio dos Garimpeiros Sócios da Coomigasp. “A verdade é que essa transferência de vultosa quantidade de dinheiro, numa triangulação pra lá de suspeita, envolve, sim, todos os diretores da Colossus e da SPCDM, que estranhamente não foram denunciados pelo representante do Ministério Público, embora lá no processo nº 2012.2.000296-3 esteja claro que são eles a origem de todos os crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e quadrilha”, sublinha Daniel Carvalho.
        A propósito, Carvalho é incisivo. “O que o Ministério Público não enxergou, apesar de todas as evidências, é que foi a Colossus a autora de todos aqueles atos ilícitos, afinal o dinheiro para os ‘laranjas’ foi repassado por ela, numa clara triangulação financeira do suborno com que cooptou os diretores da Coomigasp para atuarem em seu benefício e em prejuízo dos garimpeiros”, fulmina o presidente da Associação de Defesa do Patrimônio dos Garimpeiros Sócios da Coomigasp. “Convém registrar que, até aqui, nenhuma medida foi adotada contra a Colossus”, enfatiza.

        “E para bem escancarar a má-fé dessa empresa, é bom que se diga que ela, mediante fraudes e subornos, impôs vários aditivos contratuais absurdos, apossou-se sozinha da reserva mineral e não informa para aonde está levando o riquíssimo material mineralizado retirado da enorme cava da mina”, assinala também Carvalho. E acrescenta, devastador, ao apontar a má-fé da mineradora canadense: “Serve também como prova de sua má-fé o fato de ela ter transferido a sede da SPCDM para São Paulo, tudo para deixar os garimpeiros de Serra Pelada sem informações nem acesso ao seu patrimônio.”

Um comentário :

Anônimo disse...

Barata, a omissão do MP não se restringe a esse caso. A omissão é a regra hoje no MPE. Onde está aquele MP que entrou na ALEPA, no IPAMB, no DETRAN, ...? Que pena!!!