quinta-feira, 24 de outubro de 2013

GREVE – Os professores e a justa paralisação

Professores ocupam sede da Seduc: por condições de trabalho dignas.

        Greves em setores essenciais, como o da rede pública de ensino, soam fatalmente cruéis, porque penalizam a parcela mais carente da população. Isso não autoriza ninguém, mas absolutamente ninguém, a tentar criminalizar a paralisação dos professores da rede estadual de ensino, que entra no seu 31º dia nesta quinta-feira, 24, com os grevistas acampados na sede da Seduc, a Secretaria de Estado de Educação A mais basilar das cobranças deve ter como destinatário quem deu causa à greve - o governo Simão Jatene, de parcas realizações, mas pródigo em matéria de propaganda enganosa, através da qual vende a imagem de um Pará imaginário, a uma distância abissal do Pará real. Os professores em greve, cabe sublinhar, reivindicam não apenas remuneração decente, mas condições de trabalho minimamente dignas.

        Não se pode, sequer, conceder o benefício da dúvida ao governador tucano Simão Jatene, tanto quanto este não pode alegar qualquer herança maldita, o álibi predileto dos inquilinos do poder, para justificar sua notória inépcia. Descontado o breve hiato da administração da governadora petista Ana Júlia Carepa, entre 2007 2010, a tucanalha, que vem a ser a banda podre do PSDB, comanda o governo do Pará desde 1995 e cujo principal legado são índices sociais pífios e o sucateamento, levado ao paroxismo, da saúde pública e da rede estadual de ensino. A mesma tucanalha, que alega falta de recursos para investir em setores essenciais, como o da educação e saúde públicas, patrocina a pilhagem ao erário, em tenebrosas transações, para recorrer à imagem cunhada por Chico Buarque de Holanda, na antológica música Vai Passar.

6 comentários :

Anônimo disse...

O Pará do marketing do Jatene cada vez mais distante da realidade. Engana quem? Falta segurança, investimento com gestão séria e competente na saúde e respeito aos servidores públicos reais e não o bando de apadrinhados que ele sustenta com o dinheiro que falta para educação, saúde e segurança pública. Fora Jatene$cia.

Anônimo disse...

Esta greve é política !

Anônimo disse...

Greve política??? Só se for em busca por políticas públicas de qualidade !!

O povo é político o suficiente pra saber a dureza que é ter filhos estudando em salas de aulas super lotadas, quentes, com professores estressados, desmotivados, e muitas vezes despreparados pelo próprio infortúnio advindo das carga horárias excessivas e desumanas!

Além, de tudo, tem a insegurança dentro da própria escola, no qual muitas das vezes, o professor é ameaçado por alunos com postura delinquentes, e ainda tem de compreender aquela alma é também vítima de outras instancia da INDIFERNÇA GOVERNAMENTAL,

E tudo isso é política??? Sim, política de valorização humana, mas não partidarista !

Anônimo disse...

15:26, parabéns por suas palavras equilibradas, conscientes e compatíveis com a realidade.
O anônimo 13:55 deve ser algum comissionado que o JATEVE colocou para mamar nas tetas da SEDUC e ele deve estar desesperado porque a contagem regressiva para ele deixar essa mamata já começou porque o JATEVE NÃO VAI SE REELEGER, graças à DEUS e a consciência dos eleitores que a cada eleição têm demonstrado mais equilíbrio no voto.

Anônimo disse...

E se for política, qual o problema disso? Se o governador e o secretário não conseguem melhorar o nível da educação, é melhor pedir pra sair. Que se eleja outro(a), quem sabe melhora.

Anônimo disse...

Tudo q aqui foi dito representa muito bem o ensino público no Pará. Agora, quem poderá nos salvar. Outro Barbalho? O povo paraense tá no fundo do poço quando se trata de opções. Acho que temos que seguir a sina daqueles quase um milhão que daqui se foram. O estranho é que a diáspora paraense é motivada pela incompetência dos seus políticos e assim sendo, no limite, da sua própria sociedade.