quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PSM – O injustificável imobilismo do MP

PSM da 14: rotina de penúria, diante do sucateamento da saúde.

        O que falta para o Ministério Público Estadual entrar em cena, em defesa do conjunto da população de Belém e, em particular, da sua parcela carente, diante do dramático sucateamento da saúde pública municipal, levada ao paroxismo na administração do prefeito tucano Zenaldo Coutinho? Como justificar o imobilismo do Gaes, o Grupo de Atuação Especial em Saúde criado pelo Ministério Público, que perdura silente, no limite da conivência, enquanto o Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti, na travessa 14 de Março, submerge no caos institucionalizado, com os pacientes entregues à própria sorte? Como explicar a omissão criminosa do Ministério Público Estadual, quando no PSM da 14 de Março falta tudo – de bisturi a esparadrapo e gaze, passando por remédios e até ambulâncias -, com os curativos sendo feitos com fita adesiva e os pacientes, inclusive aqueles com convulsão que, na falta de medicamento específico, são transportados em vans, para outros hospitais? Quantas vidas precisarão ser ceifadas, em uma sinistra estatística, para que o Gaes justifique sua criação?

        Estas são as perguntas que não querem calar, e que perduram à espera de respostas convincentes do procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves. Respostas tanto mais necessárias, porque indispensáveis para dissipar a suspeita de que, com a atual administração, o MPE tenha abdicado de sua missão constitucional, de fiscal da lei, para enveredar pelo tortuoso atalho de parceiro da tucanalha, a banda podre do PSDB. Uma suspeita alimentada pela deletéria intimidade de Neves com o governador Simão Jatene e com o prefeito Zenaldo Coutinho, de cujo secretariado faz parte o promotor de Justiça Marco Aurélio Nascimento, secretário municipal de Economia. Ao mesmo tempo, a concluir das recentes declarações do secretário municipal de Administração, Guto Coutinho, irmão e fiel escudeiro do prefeito, situa-se no limite da promiscuidade a relação da promotora de Justiça Suely Regina Aguiar Cruz, da Promotoria da Saúde, com a administração Zenaldo Coutinho. Guto Coutinho, convém recordar, refere-se a Suely Regina Aguiar Cruz como “minha amiga” e trombeteia que a política da atual administração municipal, para a área de saúde, teria o aval da promotora de Justiça.

Nenhum comentário :