Irmã Henriqueta: sob ameaça do pai de Luiz Sefer, Elias Sefer. |
O episódio da censura judicial imposta a Juvêncio Arruda, por
solicitação de Luiz Sefer, evidencia que se trata de mera balela o suposto
apreço do ex-deputado pela liberdade de expressão, exaltado pelo advogado
Ricardo Nasser Sefer.
Em Luiz Sefer, diga-se, a intolerância parece se fazer por
osmose, a concluir do episódio de truculência explícita protagonizada pelo pai
do ex-parlamentar, Elias Sefer, um tipo iracundo, que foi superintendente da
Sudam, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, durante a ditadura
militar.
Resvalando da intolerância para a truculência, Elias Sefer, pai
de Luiz Sefer, fez ameaça por telefone a irmã Henriqueta, que atua na defesa de
crianças e adolescentes no Pará, e faz parte da Comissão de Justiça e Paz da CNBB,
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na época do escândalo de pedofilia
envolvendo o ex-deputado.
“A ameaça veio de uma forma bem agressiva”, relatou, na
ocasião, a irmã Henriqueta. “Por telefone a pessoa pedia para que eu tomasse
cuidado” acrescentou.
O telefone pertencia ao pai do ex-deputado, como comprovou,
na época, a polícia. “Eu cheguei a reconhecer a voz dele”, declarou a freira,
para sublinhar que não se deixaria intimidar: “Minha luta é incansável.”
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