Reorganizar a entidade e resgatar os verdadeiros
direitos dos sofridos garimpeiros que atuaram na década de 1980 naquele que foi
considerado o maior garimpo a céu aberto do mundo. Este é o objetivo declarado
do Ministério Público e do interventor nomeado pela Justiça, Marcos Alexandre Mendes,
na esteira da intervenção sob a qual se encontra a Coomigasp, a Cooperativa de
Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada, no município de Curionópolis. “Esta
intervenção vai ser um marco na história da Coomigasp. O objetivo maior é
sanear a cooperativa por intermédio de uma administração rigorosa, com
profissionais especializados, após uma implacável auditoria nas contas da
cooperativa e cumprir as cláusulas do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) assinado
em 2012 pela diretoria afastada da cooperativa”, declarou o interventor,
Alexandre Mendes, ao assumir a função, em ato que teve a participação do
procurador de Justiça Nelson Medrado e do promotor de Justiça Hélio Rubens, que,
juntamente com os promotores de Justiça Guilherme Chaves e Franklin Jones,
foram os responsáveis pelo pedido de intervenção na cooperativa, feito em ação
civil pública ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Pará.
O cenário descrito corrobora a denúncia
de falcatruas na Coomigasp feita por Daniel Carvalho. “Constatamos um
aumento exagerado de garimpeiros; carteiras de garimpeiros sendo vendidas no
Pará e no Maranhão para que outras pessoas fossem beneficiadas no futuro a
partir da exploração do ouro pela empresa Colossus em Serra Pelada; desvio de
dinheiro que ultrapassa os R$ 50 milhões nos últimos cinco anos; e ainda os
dois veículos de propriedade da cooperativa estão em busca e apreensão, pois
eram usados em benefícios pessoais do presidente afastado da cooperativa. Além
disso, até hoje a Coomigasp não possui sede própria. Houve ainda muitas fraudes
em ações trabalhistas com o único objetivo de lesar o dinheiro do verdadeiro
garimpeiro”, enfatizou o promotor Nelson Medrado.
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