Luzia Nadja Nascimento: relatório favorece a impunidade. |
A
desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, atual presidente do TJ, deu
uma decisiva contribuição para transformar em pizza o escândalo que representou
o contrato, travestido de convênio, celebrado pela Funtelpa com a TV Liberal. E
ainda abriu caminho para que os Maiorana, beneficiários da pilhagem ao erário, sejam
aquinhoados adicionalmente com a graciosa indenização de R$ 3 milhões, em
valores por atualizar, postulada na Justiça, a pretexto de suposta “manutenção” feita nas repetidoras da fundação. Depois de
deixar o processo dormitando em sua gaveta por quase quatro anos, diante das
cobranças feitas pelo jornal Diário do
Pará - da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado
e inimigo figadal dos Maiorana –, a magistrada relatou o feito, em 19 de agosto
deste ano, estando os autos conclusos com o revisor.
No seu relatório, que por isso soa tendencioso, Luzia Nadja
Guimarães Nascimento salienta que Francisco César Nunes da Silva, presidente da
Funtelpa na época do imbróglio, juntou aos autos cópia do acórdão nº 50.685, do
TCE, que declarou válido o simulacro de convênio firmado entre a fundação e a
TV Liberal, sem a preocupação de contestar a graciosa manifestação do Tribunal
de Contas do Estado, inequivocamente insustentável. Notabilizado por um
colossal coeficiente de vaidade, Francisco César Nunes da Silva ganhou
visibilidade como apresentador de telejornais nos primórdios da TV Liberal,
quando ficou conhecido como “O Astro”, epíteto cunhado, com fina ironia, pelo
jornalista e empresário da comunicação Romulo Maiorana, já falecido, fundador
do grupo Liberal, do qual são sucedâneas as ORM, Organizações Romulo Maiorana.
Conforme os relatos de bastidores, inicialmente Francisco César Nunes da Silva
se opôs ao simulacro de convênio, por entendê-lo ilegal, mas sucumbiu ao
ultimato do Palácio dos Despachos, de acordo com o qual ou trataria de
subscrevê-lo, ou seria defenestrado do cargo. A subserviência seria reprisada por Ney Messias, quando presidente da Funtelpa e também originário da TV Liberal, que renovou o "convênio", em um dos derradeiros atos de Simão Jatene como governador, em seu primeiro mandato, de 2003 a 2006. Ney Messias Ney é o secretário de Comunicação do governador Simão Jatene, eleito para um segundo mandato em 2010, quando derrotou a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, que postulava a reeleição .
8 comentários :
Barata, isso é uma vergonha e precisamos voltar às ruas para protestar contra atos imorais como o que está sendo orquestrado por essa "trupe" para beneficiar o Rominho e isso se deve ao fato de que a ORM vai "trabalhar' na campanha de reeleição do Simão Lorota.
Vou mandar essa tua postagem, Barata, para o CNJ que é a nossa única e última esperança de não ver a impunidade e a sangria aos cofres públicos imperarem neste Estado, afinal, um Poder Judiciário que aplica a pena de censura, que é uma pena branda, à uma juíza que foi flagrada negociando suas sentenças não pode ser respeitado pela sociedade.
Não podemos esquecer que o TCE que deveria exercer sua missão constitucional de auxiliar do controle externo exercido pela ALEPA vive imerso em desmandos,em fraudes, ao invés de combatê-los.
A ALEPA, responsável pelo controle externo, teve exposta recentemente suas entranhas quando pudemos ver o mar de corrupção existente naquela Casa de Leis.
O Poder Executivo Estadual, continua gastando mais com propaganda que com a saúde, a educação e a segurança.
Enfim, só podemos contar contigo Barata para continuar denunciando, com os protestos nas ruas, com o CNJ e, infelizmente, com apenas alguns poucos membros do Parquet.
A Dra. Luzia Nadja não vai compactuar com essa imoralidade porque ela tem filhos e precisa continuar olhando nos olhos deles, sem ter vergonha de ver sua imagem refletida nos olhos dos filhos.
A justiça do Pará, salvo rarissimas exceções é uma vergonha! Estamos perdidos mesmo!
Quantas "NADJAS" tem neste tribunal de justiça? Pega essas cobras e mete num cesto de vime endereçado lá pro Paquistão ou pra a Índia, que é o lugar delas. As de lá rebolam ao som da flauta, mas essas daqui só rebolam quando o som sai das verdinhas.
mais uma mancha na história do judiciario paraense...até quando?
"VOTO DE CONFIANÇA" vc só pode ser jovem !!!
Porque só aos jovens se pode perdoar a inocência, os sonhos, as quimeras...
Quem tem mais idade e já viu de tudo nestas terras do Norte não pode mais acreditar em contos de fadas.
10:33, o "voto de confiança" deve ser mais um que está pendurado no TJE mamando dinheiro público. Nem mesmo os jovens de hoje são tão "inocentes" para acreditarem que esse povo tem vergonha de seus filhos por meterem a mão no dinheiro público, afinal, os filhos deles são criados achando que "isso é normal".
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