Determinadas posturas quando não depõem contra quem as assume, dizem tudo sobre elas. Cabe lamentar, por isso, o caráter burocrático que permeia a entrevista feita por Rita Soares (foto), que costuma ser descrita como uma jovem e competente jornalista. Surpreendentemente, ela passa ao largo de questionamentos indispensáveis em se tratando de um Olry Bezerra, personagem e testemunha privilegiada dos bastidores da história recente do Pará. Quando, por exemplo, o marqueteiro-mor dos tucanos trombeteia as supostas realizações nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB no Pará, entre 1995 e 2006, Rita não contrapõe, como seria natural, a indagação sobre o porquê dos índices sociais pífios registrados pelo Estado nesse período. Ela também perdura silente quando Orly tenta repelir a pecha de ter orquestrado, nos 12 anos de hegemonia tucana no Pará, uma massiva propaganda enganosa, quando poderia questioná-lo cotejando as eventuais realizações da tucanalha com os índices sociais algo africanos, para dizer o mínimo.
No capítulo baixaria, a jovem jornalista também silencia sobre um episódio relatado nos bastidores da campanha e que também foi denunciado aqui mesmo, neste blog, na forma de comentário anônimo, e certamente compromete Orly, ou o próprio governador eleito. No dia do segundo turno, 31 de outubro, um carro som, estacionado em frente à residência de Jatene, tocava insistentemente “Ela tá beba doida”, em clara alusão a supostas predileções etílicas da governadora petista Ana Júlia Carepa, candidata derrotada à reeleição. Por fim, nenhuma pergunta foi feita a Orly sobre o contrato, travestido de convênio para driblar a exigência de concorrência pública, pelo qual a Funtelpa, a Fundação de Telecomunicações do Pará, pagava a TV Liberal para a emissora dos Maiorana utilizar sua rede de repetidoras e, assim, levar a programação da TV Globo ao interior do Estado, uma pilhagem ao erário que custou, em 10 anos de vigência, algo em torno de R$ 50 milhões, em valores atualizados.
No capítulo baixaria, a jovem jornalista também silencia sobre um episódio relatado nos bastidores da campanha e que também foi denunciado aqui mesmo, neste blog, na forma de comentário anônimo, e certamente compromete Orly, ou o próprio governador eleito. No dia do segundo turno, 31 de outubro, um carro som, estacionado em frente à residência de Jatene, tocava insistentemente “Ela tá beba doida”, em clara alusão a supostas predileções etílicas da governadora petista Ana Júlia Carepa, candidata derrotada à reeleição. Por fim, nenhuma pergunta foi feita a Orly sobre o contrato, travestido de convênio para driblar a exigência de concorrência pública, pelo qual a Funtelpa, a Fundação de Telecomunicações do Pará, pagava a TV Liberal para a emissora dos Maiorana utilizar sua rede de repetidoras e, assim, levar a programação da TV Globo ao interior do Estado, uma pilhagem ao erário que custou, em 10 anos de vigência, algo em torno de R$ 50 milhões, em valores atualizados.
4 comentários :
Barta, é por isso que gosto de ler os seus posts. Voc~e mata a cobra e mostra o pau. Bjs.
Barata, embora concorde com seus questionamentos, creio que seriam indicados ao Governador eleito e não ao marqueteiro da campanha.
Não cabe ao Orly Bezerra comentar ações do governo, tampouco caberia a jornalista Rita Soares indagá-lo a respeito.
Barata, e a Rita desconhece o processo, que queria arrancar do grupo RBA uma indenização de 500 mil reais, tendo à frente o casal Adenauer/Rosemary Góes? Orly estava por trás.
Acho que essa moça precisa se interar das coisas...
Barata dá para notar o 'desgoverno' que foi o período DONANA, mesmo com tudo isso ela foi DERROTADA pelo JATENE; ou seja, ela conseguiu a 'façanha' de ser pior do que aqueles a quem tanto critica... e fiquemos submetidos a essa mixórdia !
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