Os fatos são recentes demais para que se alimente a veleidade de esquecer, desconhecer e enterrar como indigente as lições da história neles embutidas. O País mudou, ainda que em proporções e velocidade aquém do que se possa desejar. Não convém, por isso, menosprezar a eventual capacidade de indignação do eleitorado, apesar de expressiva parte dele viver na faixa da pobreza, enraizado na carência sem fim, estimulada pelo assistencialismo eleitoreiro tão conveniente aos sabichões engravatados.
Como ocorreu com Edmilson Rodrigues em 1996, a eleição de Simão Jatene este ano não dependeu de marketing eleitoral ou coisa que valha. A vitória de ambos, ainda que em anos e esferas distintos, foi conseqüência natural do voto de protesto, com o qual o conjunto do eleitorado, e mais particularmente a parcela mais esclarecida dele, expressou sua repulsa diante da inocultável inépcia administrativa e dos arranjos espúrios envolvendo as lideranças políticas do Pará. Arranjos que não são exclusividade do PT, mas cujos ônus recaíram sobre Ana Júlia Carepa por esta deter o poder e ter frustrado as expectativas que suscitou na sucessão estadual de 2006.
Como ocorreu com Edmilson Rodrigues em 1996, a eleição de Simão Jatene este ano não dependeu de marketing eleitoral ou coisa que valha. A vitória de ambos, ainda que em anos e esferas distintos, foi conseqüência natural do voto de protesto, com o qual o conjunto do eleitorado, e mais particularmente a parcela mais esclarecida dele, expressou sua repulsa diante da inocultável inépcia administrativa e dos arranjos espúrios envolvendo as lideranças políticas do Pará. Arranjos que não são exclusividade do PT, mas cujos ônus recaíram sobre Ana Júlia Carepa por esta deter o poder e ter frustrado as expectativas que suscitou na sucessão estadual de 2006.
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