sábado, 13 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Motivações menores

A concluir das revelações de bastidores, as circunstâncias corroboram as suspeitas sobre as motivações menores que teriam pavimentado a publicação da entrevista com Chiquinho, independente dos méritos profissionais do publicitário e da hipotética pertinência das críticas feitas à opção pela Link. De acordo com fontes do próprio Diário do Pará, a realização da entrevista foi insinuada, de forma algo desrespeitosa, pelo próprio Chiquinho. Habitualmente elegante e diplomático, no que lembra o pai, o jornalista Jader Filho, presidente do grupo de comunicação da família Barbalho, contemplou o desejo do publicitário, mas não nos termos em que este desejava, acrescenta a versão vazada do jornal.
As suspeitas sobre motivações menores acabam reforçadas pelos termos da entrevista, que priorizam o periférico em detrimento do que é efetivamente relevante. O marketing é certamente importante, indispensável mesmo, em qualquer governo. Mas ele precisa ser lastreado por realizações e, obviamente, pela preocupação em conferir visibilidade aos êxitos obtidos. São quesitos em relação aos quais Ana Júlia negligenciou até a exaustão, de forma suicida. Nesse contexto, a Link fez - em curto espaço de tempo e com competência - o que não foi feito em mais de três anos e meio. O problema é que a agência baiana serviu de UTI, a unidade de tratamento intensivo, para um paciente terminal, em seus estertores.

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