sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Concursos tratados com menosprezo

O que torna difícil levar a sério, a priori, o discurso de campanha de Simão Jatene é precisamente a postura que cultivou em seu primeiro mandato como governador, de 2003 a 2006, e o silêncio cúmplice quando foi a eminência parda do governo, nos dois mandatos consecutivos do ex-governador Almir Gabriel, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002.
Os sucessivos governos do PSDB no Pará, um período que se estende de 1995 a 2006, impôs aos servidores públicos estaduais uma perda salarial superior, em média, a 50%. Mas não só isso. Esse foi um período em que o governo postergou, no limite da exaustão, a realização de concursos públicos. E quando os fez, foi compelido pelo Ministério Público do Trabalho. Ao invés de privilegiar a meritocracia, Almir Gabriel e Simão Jatene, quando governadores, optaram por inchar a máquina administrativa estadual com temporários. Nada distinto do que foi feito por Ana Júlia Carepa, embora a governadora petista tenha o mérito de promover uma série de concursos, ainda que por imposição do Ministério Público do Trabalho.

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