sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Os arranjos de bastidores

Com a DS desgastada no seu reduto eleitoral histórico, o Rio Grande do Sul, com reflexos diretos na correlação de forças dentro do próprio PT, para a tendência petista Ana Júlia Carepa despontou como tudo de bom. Especialmente após ser eleita para o Senado, em 2002. Com tão vistoso currículo eleitoral, acabou por soar algo meramente pontual sua derrota na disputa pela Prefeitura de Belém, em 2004, quando perdeu para Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, que como ela havia sido eleito senador em 2002. A aura de campeã de votos permaneceu incólume porque ela manteve o mandato de senadora. A eleição para o governo do Pará, em 2006, turbinou o prestígio de Ana Júlia.
Por isso, obviamente, a DS manter um silêncio obsequioso, inimaginável em outros tempos, diante da composição de Ana Júlia com o ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará e a mais longeva liderança política da história do Estado, por determinações expressas do presidente Lula. Responsável pela engenharia política que tornou possível a eleição de Ana Júlia como governadora em 2006, despachando para a lixeira da história o ex-governador Almir Gabriel, candidato pelo PSDB, Jader exibe um perfil que até então costumava ser enfaticamente repelido pela DS. E até pela própria governadora petista.

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