SUCESSÃO – O suposto convênio com a TV Liberal

Agora, nada mais depõe contra Almir Gabriel e Simão Jatene, como governadores, que o simulacro de convênio celebrado pela Funtelpa, a Fundação de Telecomunicações do Pará, que se estendeu por 10 anos, de 1996 a 2006, sendo sucessivamente renovado pelos governos Almir Gabriel e Simão Jatene. Pelo simulacro de convênio, assim etiquetado para driblar a necessidade de concorrência pública, a Funtelpa não só cedia sua rede de repetidoras, para levar ao interior do Estado a programação da TV Globo, da qual é afiliada a TV Liberal, como ainda pagava uma mensalidade à tevê dos Maiorana. De 1996 a 2006, o Estado transferiu aos cofres da TV Liberal R$ 50 milhões, em valores corrigidos.
Simão Jatene, recorde-se, ainda se prestou, em um dos seus últimos atos como governador, a renovar o simulacro de convênio, destinado a dar forma legal a uma das mais acintosas pilhagem ao erário da qual se tem notícia na história recente do Pará. A derradeira renovação do suposto convênio, escandalosamente ilegal e imoral, foi subscrita por Ney da Conceição Messias Jr. (foto), que presidiu a Funtelpa no governo Simão Jatene, depois de ganhar visibilidade pública como apresentador da TV Liberal.