quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALEPA – Promiscuidade entre o público e o privado

Segundo relatos de bastidores, o estopim do incidente com Domingos Juvenil foi a pretensão da procuradora em tornar efetivo seu namorado. Este vem a ser um técnico de informática, contratado pela Assembléia Legislativa e definido como um profissional de inquestionável competência, mas sob o qual pesa a suspeita de ser um hacker a serviço do PMDB. O objeto dos desejos da procuradora é bem mais novo que ela, uma senhora já outonal, que recalcitra em acatar o natural crepúsculo dos atrativos físicos – femininos e masculinos. O amado amante da procuradora tem fama de valer-se, para viabilizar sua ascensão social e profissional, de mulheres outonais, mais novas que ele e prefencialmente em estado de privação sexual.
O episódio é emblemático da promiscuidade entre o público e o privado, próprio da cultura patrimonialista, cultivado zelosamente pela máfia legislativa que comanda a burocracia do Palácio Cabanagem. Essa promiscuidade entre o público e o privado embala, por exemplo, a pretensão de tornar efetivo Jarbas Porto, subsecretário legislativo da Alepa, cargo comissionado que ele ocupa desde 1991 e para o qual foi nomeado pelo ilustre tio, Ronaldo Passarinho, então deputado e presidente da Assembléia Legislativa. Jarbas Pinto de Souza Porto, recorde-se, é irmão do deputado Joaquim Passarinho, líder do PTB na Alepa, o que torna sua permanência no cargo de subsecretário legislativo uma afronta a súmula do STF, o Supremo Tribunal Federal, que proscreveu o neopotismo na administração pública.
Joaquim Passarinho, o deputado que é irmão de Jarbas Porto, chama-se, na verdade, Joaquim Pinto de Souza Porto. Por arrivismo eleitoral, ele incorporou o sobrenome Passarinho, na esteira do prestígio do ilustre tio, Ronaldo Passarinho, aposentado como presidente do TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, e do tio-avô, Jarbas Passarinho. Este foi a mais brilhante e respeitada liderança política produzida pelo golpe militar de 1º de abril no Pará, acabando por ganhar projeção nacional, ao ser governador do Estado, senador por várias legislaturas e presidente do Senado, além de ministro nos governos militares e também no governo Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura militar. A mais relevante contribuição de Joaquim Passarinho, na atual legislatura, foi ser o autor da Lei do Fio Dental, que obriga restaurantes, bares e similares a disponibilizar fio dental para seus clientes. A lei de Joaquim Passarinho, que tanto enriqueceu o folclore político do Pará, foi sancionada pela governadora petista Ana Júlia Carepa.

8 comentários :

Anônimo disse...

Jesus apaga a luz.
Eu sempres desconfiei dos micros da Assembleia. Agora está tudo explicado.

Anônimo disse...

O estopim anda grudado com o Parsifal. E olha que o Parsifal se acha o maior honesto do PMDB. Juro!

Anônimo disse...

égua barata, enquanto nossos jovens delinquentes a cada dia nos fazem refens apontando armas pra nossa cabeça e zombando da policia querendo cigarro, colete,midia, etc... existem deputados como é o caso deste sr. joaquim passarinho que ao invés de criar projetos sociais para dar oportunidade p/ esses pivetes, não o faz, e ainda cria lei obrigando fio dental em restaurantes como se nós frequentassemos restaurantes, pelo amor de deus, TEMOS QUE RENOVAR NOSSO LEGISLATIVO E DAR UM BASTA NESSES CRAPULAS.

Anônimo disse...

Gostei anônimo 08:18, se os políticos fossem realmente sérios estariam alarmados com a violência que envolve menores nas duas pontas: Os que assaltam e os que são assaltados. Com os filhos deles não há problema, eles têm segurança pagos com o nosso dinheirinho. Políticos ganham muito para não fazer nada pelo povo.

Anônimo disse...

Kkkk..Kinzinho gasolina agora ataca de fiu dental é??Imaginem so essa belezura na praia do Atalaia em salinas, exibindo seus atributos...

Anônimo disse...

anonimos 20:37... vocês estão de brincadeira... vejam pela orm ou pela internet um sessão... sempre tem discussões sobre violência... os deputados tem filhos, lamentam... tentam fazer algo... admiro muito o dep. irmão daquele caso dos novelinos... ele sempre diz na lata as coisas quando está na tribuna...

Anônimo disse...

Mas a esposa do Joaquim Passarinho-não-Passarinho ainda é dentista no TCM, na esteira do nepotismo cruzado.
Um cargo que não existe no organograma do tribunal e que dá a felizarda um salário maior que um analista de controle externo concursado.

Anônimo disse...

04:45, não te entrega assim pô, tu és um dos políticos que só quer se eleger e enganar o povo.