quinta-feira, 22 de abril de 2010

HISTÓRIA – O mestre e o caudilho

Um caudilho, e como tal exibindo um perfil inocultavelmente autocrático, o ex-interventor e ex-governador Magalhães Barata é reconhecido como uma das maiores lideranças da história do Pará. Ele morreu de leucemia, no exercício do mandato de governador, legitimado pelo voto direto. Barata passou à história por ser também pioneiro na interiorização do governo e por ter introduzido, no exercício do poder, as audiências populares, quando abria ao povo humilde as portas do Palácio Lauro Sodré, então sede do Executivo estadual e que hoje abriga o Museu do Estado.
A intolerância política que permeou o baratismo justificou a oposição que a ele foi feita por políticos e intelectuais apegados a princípios democráticos, tal qual o mestre Aldebaro Klautau. Ao baratismo também fez tenaz oposição a Folha do Norte, de Paulo Maranhão, um jornalista de inquestionável competência e coragem moral. A Folha do Norte chegou a ser, proporcionalmente, um dos jornais de maior tiragem do Brasil, segundo Cláudio Abramo, já falecido e que figura dentre os mais respeitados jornalistas da história da imprensa brasileira. Cláudio Abramo modernizou o Estado de S. Paulo, o Estadão, e está na gênese da modernização que tornou a Folha de S. Paulo um dos maiores jornais da grande imprensa do Brasil.

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