JATENE – Sob o rancor do ex-patrono político

Estrategista eleitoral de Ana Júlia Carepa na disputa pelo governo do Pará em 2006, Jader Barbalho despachou Almir Gabriel para as páginas da história, na esteira da vitória da candidata petista, que teve o decisivo apoio do PMDB no segundo turno. Almir Gabriel, desde então, cultiva um rancor que nada consegue aplacar, em relação a Simão Jatene, até então amigo pessoal e secretário da sua mais absoluta confiança. Ele debita sua derrota para Ana Júlia a Jatene, a quem acusa de ter feito corpo mole. Por isso, o patético vaivém de Almir Gabriel, em 2010, com o objetivo precípuo de ver Jatene derrotado na sucessão estadual de 2010.
No âmbito interno do PSDB, ele apoiou a pretensão do senador Mário Couto, um ex-bicheiro, em sair candidato ao governo pela legenda. Traído por Mário Couto, que aparou suas arestas com Simão Jatene, Almir Gabriel se reconciliou com Jader Barbalho, a quem tanto malsinara até passado recente, e aderiu à candidatura de Domingos Juvenil, o jurássico presidente da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, candidato ao governo pelo PMDB. Com o provecto Juvenil alijado do segundo turno, Almir Gabriel migrou para o apoio a governadora petista Ana Júlia Carepa, candidata derrotada à reeleição. A mesma Ana Júlia Carepa a quem etiquetou de inepta, ao emergir do limbo no qual submergiu após o fracasso eleitoral de 2006.