Abaixo, o comentário anônimo com ácidas críticas a presença de agentes penais na Fábrica Esperança.
Os egressos do sistema penal de-tes-tam (a palavra é esta: de-tes-tam) agentes prisionais. Estes representam tudo que eles querem esquecer. Isso não vai dar certo.
Sinceramente, querem inventar a roda! É essa mania detestável, de todo início de governo, de detonarem com todo e qualquer legado da administração anterior, antes de saber o que estão fazendo. O Ministério da Justiça despachou para Belém uma equipe, para conhecer a experiência da Fábrica Esperança. Seus representantes (todos técnicos) ficaram enlouquecidos com o trabalho e o modelo, único no Brasil, do núcleo do patronato e convidaram os técnicos da fábrica para iram a Brasília detalhar a experiência, com tudo pago pelo Ministério da Justiça. Isso está no Pará, gente! Lugar que aparece na mídia quase sempre por coisas ruins. E justo nesse momento, vão desconstruir o que foi feito ao longo desses cinco anos de sua existência? Colocar os egressos para se encontrarem nos corredores com policiais, agentes prisionais e o que mais os lembre o cárcere é um retrocesso sem tamanho. O governador quer dá um tiro no pé, como ocorreu com Ana Júlia?
O que o novo diretor desta fábrica deveria fazer neste momento é fomentar os avanços que fizeram com que técnicos do Ministério da Justiça ficassem por três dias em Belém, conhecendo essa experiência pioneira. E, depois, por iniciativa do Ministério da Justiça, um elenco bem maior e diversificado de técnicos deste, passassem uma semana, em Brasília, ouvindo os técnicos do núcleo do patronato. Por isso, o novo diretor geral da Fábrica Esperança deve voltar ao Distrito Federal, fazer novamente essa ponte, comunicar a nova gestão, fortalecer esta parceria. Isso é que é importante. E indispensável.
Essa mudança de gestão do modo de administrar a Fábrica Esperança, tal qual estão fazendo, significa desconhecer sua importância e sua dimensão. Sabemos que existem pessoas muito capacitadas e extremamente profissionais nessa equipe de transição. Essa é, literalmente, nossa única esperança de reverter esse quadro de autismo que tomou conta de alguns dos prepostos do novo governo. Reverter esse absurdo de militarizar os espaços da fábrica é vital para que esta não se transforme numa extensão das casas penais. A fábrica é um local extremamente frágil , requer habilidade no modus operandi. Vocês não têm idéia do que é um egresso, ou uma egressa, ter uma crise emocional ao relembrar o que sofreu no cárcere: de humilhações, gritos, ameaças veladas, gestos, falas e posturas típicas dos presídios. Tudo que eles precisam esquecer e superar pode voltar ao menor deslize de comportamento de seus chefes.
E olhar para estas pessoas demonstrando medo, ainda é pior. É preciso capacidade técnica e perfil adequado para cada setor. Os prepostos do novo governo estão com muita sede ao pote. O cenário, porém, agora é outro. Os egressos estão muito mais cientes de seus direitos, são pessoas que recebem diariamente doses de cidadania. Convencê-los a serem protagonistas não é tarefa fácil e manter posturas assistencialistas ainda é mais pernicioso. Hoje, a Fábrica Esperança não lembra mais o que foi no início, quando egressos que achavam que estavam num presídio semi-aberto. Sequer sabiam comer educadamente.
Hoje, eles sabem que estão no seu local de trabalho. Muitos hoje não lembram nem em fotos o que foram no passado. Quanto aos novos membros administrativos, poucos, até agora, tiveram a sensibilidade de escutá-los e escutar a equipe que proporciona a transformação desses homens em cidadãos. Não se enganem: só o trabalho para eles não é suficiente.
Sorte a todos.
Os egressos do sistema penal de-tes-tam (a palavra é esta: de-tes-tam) agentes prisionais. Estes representam tudo que eles querem esquecer. Isso não vai dar certo.
Sinceramente, querem inventar a roda! É essa mania detestável, de todo início de governo, de detonarem com todo e qualquer legado da administração anterior, antes de saber o que estão fazendo. O Ministério da Justiça despachou para Belém uma equipe, para conhecer a experiência da Fábrica Esperança. Seus representantes (todos técnicos) ficaram enlouquecidos com o trabalho e o modelo, único no Brasil, do núcleo do patronato e convidaram os técnicos da fábrica para iram a Brasília detalhar a experiência, com tudo pago pelo Ministério da Justiça. Isso está no Pará, gente! Lugar que aparece na mídia quase sempre por coisas ruins. E justo nesse momento, vão desconstruir o que foi feito ao longo desses cinco anos de sua existência? Colocar os egressos para se encontrarem nos corredores com policiais, agentes prisionais e o que mais os lembre o cárcere é um retrocesso sem tamanho. O governador quer dá um tiro no pé, como ocorreu com Ana Júlia?
O que o novo diretor desta fábrica deveria fazer neste momento é fomentar os avanços que fizeram com que técnicos do Ministério da Justiça ficassem por três dias em Belém, conhecendo essa experiência pioneira. E, depois, por iniciativa do Ministério da Justiça, um elenco bem maior e diversificado de técnicos deste, passassem uma semana, em Brasília, ouvindo os técnicos do núcleo do patronato. Por isso, o novo diretor geral da Fábrica Esperança deve voltar ao Distrito Federal, fazer novamente essa ponte, comunicar a nova gestão, fortalecer esta parceria. Isso é que é importante. E indispensável.
Essa mudança de gestão do modo de administrar a Fábrica Esperança, tal qual estão fazendo, significa desconhecer sua importância e sua dimensão. Sabemos que existem pessoas muito capacitadas e extremamente profissionais nessa equipe de transição. Essa é, literalmente, nossa única esperança de reverter esse quadro de autismo que tomou conta de alguns dos prepostos do novo governo. Reverter esse absurdo de militarizar os espaços da fábrica é vital para que esta não se transforme numa extensão das casas penais. A fábrica é um local extremamente frágil , requer habilidade no modus operandi. Vocês não têm idéia do que é um egresso, ou uma egressa, ter uma crise emocional ao relembrar o que sofreu no cárcere: de humilhações, gritos, ameaças veladas, gestos, falas e posturas típicas dos presídios. Tudo que eles precisam esquecer e superar pode voltar ao menor deslize de comportamento de seus chefes.
E olhar para estas pessoas demonstrando medo, ainda é pior. É preciso capacidade técnica e perfil adequado para cada setor. Os prepostos do novo governo estão com muita sede ao pote. O cenário, porém, agora é outro. Os egressos estão muito mais cientes de seus direitos, são pessoas que recebem diariamente doses de cidadania. Convencê-los a serem protagonistas não é tarefa fácil e manter posturas assistencialistas ainda é mais pernicioso. Hoje, a Fábrica Esperança não lembra mais o que foi no início, quando egressos que achavam que estavam num presídio semi-aberto. Sequer sabiam comer educadamente.
Hoje, eles sabem que estão no seu local de trabalho. Muitos hoje não lembram nem em fotos o que foram no passado. Quanto aos novos membros administrativos, poucos, até agora, tiveram a sensibilidade de escutá-los e escutar a equipe que proporciona a transformação desses homens em cidadãos. Não se enganem: só o trabalho para eles não é suficiente.
Sorte a todos.
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