terça-feira, 18 de janeiro de 2011

BARRIGADA- A gafe da grande imprensa

Ninguém, incluindo até a grande imprensa brasileira, está livre do risco da barrigada, o jargão jornalístico que designa informação inverídica ou, mais genericamente, interpretação equivocada dos fatos. Isso é o que se conclui da notícia do site Comunique-se (http://www.comunique-se.com.br/), ao comentar a comovente história do cão Caramelo, que supostamente guardava o túmulo da dona após ela ter sido soterrada pelos deslizamentos de terra que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro. A história – noticiada por G1, UOL, Folha.com, R7, Extra e que virou até charge de Chico Caruso, no jornal O Globo - é produto de uma grande confusão, de acordo com o relato do Diário de Teresópolis. Caramelo realmente existe e perdeu seus donos na tragédia, mas não era ele que aparecia ao lado de um túmulo e sim, John, o cachorro de Rodolfo Júnior (na foto, com o cão), voluntário que trabalha no cemitério Carlinda Berlim.
“Isso é coisa de repórter que precisava chegar com uma história diferente para apresentar ao chefe... o John é meu há mais de um ano quando fiquei com ele pra mim! O antigo dono foi para o Rio e deixou ele por aí... ele chamava o cachorrinho de Leão, mas eu prefiro John... ele tem cara de John, declarou Junior ao Diário de Teresópolis, que enfatizou que seu cachorro é dócil e o segue por todos os lugares, por isso estava ao seu lado, enquanto trabalhava. “No dia em que o rapaz tirou a foto dele eu estava trabalhando nas covas e ele ao meu lado como sempre... e aí depois veio essa maluquice toda”, acrescenta.
Não se sabe se a confusão começou após as fotos de John terem sido divulgadas pela agência AFP como as de Caramelo, ou se pela semelhança dos dois cachorros, salienta a notícia do Comunique-se, que pode ser acessada no endereço eletrônico abaixo:

http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D57786%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D32420163136%26fnt%3Dfntnl .

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