Desde os gestos mais triviais, Simão Jatene sinaliza a inclinação patológica pela pantomina. Na própria posse, como um cabotino extasiado diante de si mesmo, ele revelou-se patético. Para além do gesto teatral, ao retirar a faixa governamental para reforçar o proselitismo de que seu mandato pertence ao povo, Jatene, de microfone em punho, circulando de uma lateral a outra do palanque oficial, mas parecia um apresentador de auditório. Do político se espera, naturalmente, empatia com o eleitorado, com o cuidado, porém, de não banalizar, vulgarizar o rito que se impõe na posse de um governador. Mais um pouco e fatalmente repetiria o histriônico Chacrinha, ao disparar a pergunta: "Vocês querem bacalhau?". Talvez não tenha chegado a tanto para não gastar, com subalternos, tão fina iguaria.
A performance de Jatene, no comício de posse, pode até ter sensibilizado aos intelectualmente rústicos, como parece ser o caso da jovem e bela primeira-dama, dona Ana Maria Jatene, mas certamente desmerece as noções de decoro que o cargo de governador pressupõe. Mesmo em se tratando de alguém que, no dia-a-dia, parece mais preocupado com as benesses do poder e com o dolce far niente do que com as responsabilidades que o cargo impõe. Ou deveria impor.
A performance de Jatene, no comício de posse, pode até ter sensibilizado aos intelectualmente rústicos, como parece ser o caso da jovem e bela primeira-dama, dona Ana Maria Jatene, mas certamente desmerece as noções de decoro que o cargo de governador pressupõe. Mesmo em se tratando de alguém que, no dia-a-dia, parece mais preocupado com as benesses do poder e com o dolce far niente do que com as responsabilidades que o cargo impõe. Ou deveria impor.
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