A eleição de Jarbas Passarinho (foto) ao Senado, em 1986, foi uma inequívoca demonstração de prestígio político de Jader Barbalho, além de servir para neutralizar o estigma de corrupto que os adversários tentavam impingir ao jovem governador. Protagonista, em seu primeiro mandato como governador, de uma administração pontuada por denúncias de corrupção e claramente permissiva, do ponto de vista ético, a proximidade de Jarbas serviu para Jader aplacar mágoas e rancores insepultos, herdados da campanha eleitoral de 1982. Um político pessoalmente probo e de inquestionável brilho intelectual, e por isso mesmo respeitado em Brasília, inclusive por seus adversários, o apreço do novo aliado neutralizava a tentativa de satanizar Jader.
De resto, Jader Barbalho ofereceu, com o apoio ao adversário de 1982, uma prova incontestável de seu prestígio político-eleitoral. Com a mulher e companheira em tempo integral devastada por um câncer, Jarbas Passarinho cogitou abrir mão da candidatura ao Senado, em coligação com o PMDB de Jader. Este, contudo, persuadiu o adversário da véspera a ir cuidar da mulher amada, responsabilizando-se pela sua eleição. “Vá cuidar da dona Ruth, que eu me encarrego da sua eleição”, exortou Jader. Promessa feita, promessa cumprida. Sem abandonar dona Ruth, um amor de juventude que o passar dos anos não conseguiu minar, Jarbas foi eleito senador sem fazer campanha. Bastou o prestígio do seu ilustre cabo eleitoral para remetê-lo de volta a Brasília. Oito anos depois, é verdade, Jader apresentou a fatura a Jarbas, ao sair candidato a única vaga ao Senado em 1994, reservando a disputa pelo governo a Jarbas Passarinho, que, a contragosto e em estado de depressão, acabou derrotado por Almir Gabriel, candidato pelo PSDB, do qual foi um dos fundadores e pelo qual disputou a eleição presidencial de 1989, como vice na chapa do ex-governador paulista Mário Covas, já falecido, vítima de câncer.
De resto, Jader Barbalho ofereceu, com o apoio ao adversário de 1982, uma prova incontestável de seu prestígio político-eleitoral. Com a mulher e companheira em tempo integral devastada por um câncer, Jarbas Passarinho cogitou abrir mão da candidatura ao Senado, em coligação com o PMDB de Jader. Este, contudo, persuadiu o adversário da véspera a ir cuidar da mulher amada, responsabilizando-se pela sua eleição. “Vá cuidar da dona Ruth, que eu me encarrego da sua eleição”, exortou Jader. Promessa feita, promessa cumprida. Sem abandonar dona Ruth, um amor de juventude que o passar dos anos não conseguiu minar, Jarbas foi eleito senador sem fazer campanha. Bastou o prestígio do seu ilustre cabo eleitoral para remetê-lo de volta a Brasília. Oito anos depois, é verdade, Jader apresentou a fatura a Jarbas, ao sair candidato a única vaga ao Senado em 1994, reservando a disputa pelo governo a Jarbas Passarinho, que, a contragosto e em estado de depressão, acabou derrotado por Almir Gabriel, candidato pelo PSDB, do qual foi um dos fundadores e pelo qual disputou a eleição presidencial de 1989, como vice na chapa do ex-governador paulista Mário Covas, já falecido, vítima de câncer.
4 comentários :
Caro Barata
Depois de ler esta sequencia de posts, cada um deles, mais aterrorizante que história de mula sem cabeça no Mosqueiro quando eu era pequeno, fiquei quase dez minutos me dizendo. Cacá, você pensa que viu e sabe uma história. Mas,maninho, uma história é cheia de várias.
Barata, sobre todos esses personagens envolvidos, me veio a frase proferida por Iago (célebre amigo e traidor de Othelo na tragédia de Shakespeare), depois de ser desmascarado.
Olhando nos olhos do general Iago lhe diz com muita calma. - O senhor errou. Saiba, as pessoas deveriam SER aquilo que PARECEM !
Há Braços.
Cacá Carvalho.
Barata, tenho 58 anos e estou encantado com a aula de história que vc nos permite. Obrigado!
Barata é f...! , jornalismo tem nomes porretas nessas terra, pelo menos isso!
Barata, espero que todo este material que publicaste, represente apenas o começo de um processo de divulgação da política intra-muros existente no Estado do Pará. Parabéns
Postar um comentário