Da versão online de O Estado de S. Paulo, o relato da censura prévia imposta ao jornal pelo Judiciário (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,justica-obriga-grupo-estado-a-retirar-gravacoes-de-sarney,411711,0.htm) :
Justiça censura Estado e proíbe informações sobre Sarney
Gravações em áudio proibidas revelaram ligações do presidente do Senado com os atos secretos da Casa
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu o jornal O Estado de S. Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura, foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que está no centro de uma crise política no Congresso.
O pedido de Fernando Sarney chegou ao desembargador na quinta-feira, no fim do dia. E pela manhã desta sexta-feira a liminar havia sido concedida pelo magistrado. O juiz determinou que o Estado não publique mais informações sobre a investigação que a Polícia Federal faz sobre o caso.
Se houver descumprimento da decisão, o desembargador Dácio Vieira determinou aplicação de multa de R$ 150 mil - por "cada ato de violação do presente comando judicial", isto é, para cada reportagem publicada.
Multa
O pedido inicial de Fernando Sarney era para que fosse aplicada multa de R$ 300 mil em caso de descumprimento da decisão judicial.
O advogado do Grupo Estado, Manuel Alceu Afonso Ferreira, avisou que vai recorrer da liminar. "Há um valor constitucional maior, que é o da liberdade de imprensa, principalmente quando esta liberdade se dá em benefício do interesse público", observou Manuel Alceu. "O jornal tomará as medidas cabíveis."
O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, afirmou que a medida não mudará a conduta do jornal. "O Estado não se intimidará, como nunca em sua história se intimidou. Respeita os parâmetros da lei, mas utiliza métodos jornalísticos lícitos e éticos para levar informações de interesse público à sociedade", disse Gandour.
Os advogados do empresário afirmam que o Estado praticou crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial e alegaram que a divulgação de dados das investigações fere a honra da família Sarney.
‘Diálogos íntimos’
Os advogados que assinam a ação - Marcelo Leal de Lima Oliveira, Benedito Cerezzo Pereira Filho, Janaína Castro de Carvalho Kalume e Eduardo Ferrão - argumentam que uma enxurrada de diálogos íntimos, travados entre membros da família, veio à tona da forma como a reportagem bem entendeu e quis. Sustentam também que, a partir daí, em se tratando de família da mais alta notoriedade, nem é preciso muito esforço para entender que os demais meios de comunicação deram especial atenção ao assunto, leiloando a honra, a intimidade, a privacidade, enfim, aviltando o direito de personalidade de toda a família Sarney.
Portal
As gravações revelaram ligações do presidente do Senado com a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos. A decisão do desembargador Dácio Vieira faz com que o portal Estadão seja obrigado a suspender a veiculação dos arquivos de áudio relacionados à operação.
Justiça censura Estado e proíbe informações sobre Sarney
Gravações em áudio proibidas revelaram ligações do presidente do Senado com os atos secretos da Casa
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proibiu o jornal O Estado de S. Paulo e o portal Estadão de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura, foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que está no centro de uma crise política no Congresso.
O pedido de Fernando Sarney chegou ao desembargador na quinta-feira, no fim do dia. E pela manhã desta sexta-feira a liminar havia sido concedida pelo magistrado. O juiz determinou que o Estado não publique mais informações sobre a investigação que a Polícia Federal faz sobre o caso.
Se houver descumprimento da decisão, o desembargador Dácio Vieira determinou aplicação de multa de R$ 150 mil - por "cada ato de violação do presente comando judicial", isto é, para cada reportagem publicada.
Multa
O pedido inicial de Fernando Sarney era para que fosse aplicada multa de R$ 300 mil em caso de descumprimento da decisão judicial.
O advogado do Grupo Estado, Manuel Alceu Afonso Ferreira, avisou que vai recorrer da liminar. "Há um valor constitucional maior, que é o da liberdade de imprensa, principalmente quando esta liberdade se dá em benefício do interesse público", observou Manuel Alceu. "O jornal tomará as medidas cabíveis."
O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, afirmou que a medida não mudará a conduta do jornal. "O Estado não se intimidará, como nunca em sua história se intimidou. Respeita os parâmetros da lei, mas utiliza métodos jornalísticos lícitos e éticos para levar informações de interesse público à sociedade", disse Gandour.
Os advogados do empresário afirmam que o Estado praticou crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial e alegaram que a divulgação de dados das investigações fere a honra da família Sarney.
‘Diálogos íntimos’
Os advogados que assinam a ação - Marcelo Leal de Lima Oliveira, Benedito Cerezzo Pereira Filho, Janaína Castro de Carvalho Kalume e Eduardo Ferrão - argumentam que uma enxurrada de diálogos íntimos, travados entre membros da família, veio à tona da forma como a reportagem bem entendeu e quis. Sustentam também que, a partir daí, em se tratando de família da mais alta notoriedade, nem é preciso muito esforço para entender que os demais meios de comunicação deram especial atenção ao assunto, leiloando a honra, a intimidade, a privacidade, enfim, aviltando o direito de personalidade de toda a família Sarney.
Portal
As gravações revelaram ligações do presidente do Senado com a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos. A decisão do desembargador Dácio Vieira faz com que o portal Estadão seja obrigado a suspender a veiculação dos arquivos de áudio relacionados à operação.
9 comentários :
Pelo que diz o grande jornalista Nassif, que é hoje a maior referência da imprensa nacional, a vítima é Sarney. O Estadão é que é o opressor. E fica um dado interessante, acho: jornalista usar informações vazada de inquérito para vender em banca, sem que antes ofereça uma oportunidade da própria vítima comprar, é contra o código do consumidor.
Rárárá, quero ver a justiça mandar tirar de tudo quanto é blog, de anexo de email as conversas picantes com sua netinha. Vai ter que mandar fechar a internet.
Ao da 22:44, tá sendo pago para escrever? Soube que o bigodudo montou um bunker informático para rebater toda notícia contrária aos seus interesses. Pelo visto, já avançou pelo judiciário. Vamos deixar de frescura da relativização, que os senadores são contumazes na prática de empregar parentes e apadrinhados não é nenhuma novidade, como disse um outro senador do pmdb. O problema é quando a opinião pública descobre com eles agem, da forma mais descarada ou como disse um outro jornalista como se ele tivesse comprando um brinq, digo, namoradinho para a neta.
O sarna tem meios para se defender, tem canal de televisão, tem a tv senado, tem o lula... Ora vá,vá, vá...
TÔ LANÇANDO O MOVIMENTO INTERNETICO MANDE AS GRAVAÇÕES DO SARNEI PARA UM AMIGO.
OS MAIORES SUCESSOS DA FISIOLOGIA POLÍTICA, VC PODERÁ OUVIR NAS VOZES DE SARNEIpai, SARNEIjr e sarneta.
VAMOS À CAMPANHA, MOÇADA, POIS ASSIM O JUIZ VAI TER QUE CENSURAR A NET.
SARNETA?
ELA É TÃO BONITINHA
NÃO PODIA SER SARNENTA?
rs,rs,rs
Puxa, fosse quem fosse a netinha do Sarney eu me atreveria a namorar com ela, pois, teria emprego garantido no Senado.
Não tenho formação universitária, mas eu arranjava uma (mirando-me no currículo forjado da Dilma Rousef e do embaixador) e tava empregado.
Barata,
E onde fica a arguição de suspeição, um dever do juiz (e não uma faculdade)de se manifestar suspeito sempre que entre as partes (autor e réu) houver relação de amizade e inimizade, conforme impõem os códigos de processo civil e penal, para que a decisão judicial sem imparcial, pois os princípios de direito, inclusive o da moralidade, impõem que o magistrado tenha a mais completa isenção de ânimo.
Se alguém formalizar denúncia desse cara-de-pau ao Conselho Nacional de Justiça esse desembargador irá pelo menos receber uma censura.
Este caso escabroso é mais uma prova de que a Justiça só funciona para proteger poderosos. Uma vergonha.
Vejam aqui em Belém: o Lúcio Flávio foi agredido covardemente pelo Ronaldo Maiorana e ainda foi condenado. O Ronaldo é do conselho de ética da OAB.
Em qualquer lugar sério isso é piada.
Um dia a casa cai. Cuidado.
E O PROCESSO POR CONTA DA FABRICA DE REFRIGERANTES ?
Olha com a dirma a sacanagem foi mais intelectualizada, pois a falcatrua era no mestrado e no doutorado inconclusos.
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