Desabafo de leitor do Blog do Barata, diante do desvio de
função que retira PM das ruas para fazer a segurança dos poderosos da hora,
deixando a população à mercê da escalada da criminalidade:
O MP tem mais de 200 policiais
militares fazendo a segurança até do estacionamento onde suas excelências
guardam seu luxuosos carros. Recorrer a quem? Ao Santo Papa e aos Pastores. É o
que se pode dizer que é sacrificar a maioria para beneficiar a minoria, afinal,
no MP tem menos de 400 excelências para mais de 200 policiais e no TCE tem 40
policiais para 6 conselheiros. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o
número ideal de policiais por habitantes recomendado deve ser de um policial
para cada 250 habitantes. Hoje, no Pará existe um policial para cada 600
habitantes. A disparidade e o tratamento desigual dispensado pelas autoridades
paraenses, inclusive pelas autoridades que são pagas para cobrar providencias
ao governo, de proteção ao cidadão, está evidente, bastando que se observe a
desproporção de policiais militares que para a proteção da população do Pará é
de apenas 1 policial para cada 600 habitantes, enquanto que no MP temos mais de
200 policiais para menos de 400 membros, e isso, com certeza, já demonstra o
excesso abusivo de PM, considerando que teremos no MP, no mínimo, 1 PM para
cada 2 membros. No TCE a disparidade é mais absurda e revoltante porque temos
40 PM para cuidar da segurança de menos de 10 conselheiros, o que significa
dizer que temos, no TCE, mais de 4 PM para cuidar da segurança de cada 1
conselheiro. Isso é um absurdo. Essa desigualdade e desprezo das autoridades,
como MP e TCE, é revoltante considerando o assustador aumento da violência que
mata todos os dias, o cidadão que paga seus impostos e deveria receber em troca
a sua segurança, enquanto uns poucos são excessivamente protegidos por PM que
são pagos pelo cidadão que é vitima fácil da falta de segurança e também
revolta perceber que esses uns poucos que são excessivamente protegidos porque
tiram das ruas PMs para garantir-lhes à segurança, também são pagos pelo
cidadão que paga seus impostos e é morto ou tem um parente morto pela violência
desenfreada.
A afronta ao cidadão que paga seus
impostos, inclusive aos servidores públicos que também pagam impostos, é que
essas regalias de proteção em excesso só ocorre para alguns poucos como TCE,
TCM, TJE, ALEPA e MP. Não adianta alguns gestores, como do TCE e do MPE,
alegarem, como fizeram, que seus ociosos gabinetes militares fazem a segurança
dos seus prédios porque esses órgãos possuem dotação orçamentária própria e
deveriam fazer com os demais órgãos públicos que têm a segurança de seus
prédios, realizada através de empresas privadas terceirizadas, contratadas
mediante processo licitatório e pagas com os recursos dos orçamentos de cada
órgão, inclusive os órgãos públicos estaduais que, já que estão sobrando PMs, o
Sr. Governador, ao invés de ceder essa quantidade absurda para os poucos órgãos
protegidos, deveria economizar no contratos de segurança predial terceirizada e
colocar PMs para cuidarem da segurança dos prédios e dos servidores públicos
que trabalham nesses prédios públicos e, assim, quem sabe, evitar a invasão de
escolas e unidades de saúde, por bandidos que colocam em risco, até de morte,
os servidores que lá trabalham e os usuários (alunos e pacientes) desses
prédios, além dos prejuízos ao patrimônio público que essas invasões provocam,
como vem sendo noticiado pela imprensa.
2 comentários :
É uma vergonha. Na susipe, vários oficiais estão ocupando vagas em cargos administrativos, inclusive o próprio superintendente que se diz o tal, que fez curso disso e daquilo as custas do dinheiro público, e fica sentado ocupando cargo administrativo. Esse é o governo tucano, que não respeita o dinheiro público.
Enquanto isso, a população que paga o salário dos policiais e das 'otoridades' fica a mercê da bandidagem.
Postar um comentário