Certos atos quando não depõem contra
biografias, dizem tudo sobre elas. No caso do presidente do TCE, conselheiro
Luís Cunha, sua postura diante da denúncia sobre a falcatrua no tribunal,
embora corrobore seus antecedentes, ainda assim permite concluir que
subestimou-se sua periculosidade como o calhorda revelado no rastro da
estapafúrdia versão oferecida. Uma versão que soa a escárnio, a deboche puro e
simples, porque ofende a inteligência, atropela os fatos, vale-se da meia
verdade para iludir eventuais incautos, trata-nos como néscios, menospreza o
decoro, macula a liturgia do cargo que a ele caberia dignificar e zomba dos
mais elementares princípios de decência e da moralidade pública. Ao fim e ao
cabo, o presidente do TCE comporta-se como a desfaçatez do tradicional
punguista, que, mesmo flagrado delinquindo, jura inocência com um cinismo capaz
de corar anêmico.
Como não é crível que um gestor desconheça
a lei, principalmente em se tratando de um Tribunal de Contas, Luís Cunha
emerge, deste episódio, como um moleque, nada mais que um moleque. Um moleque
abusado, que a ninguém respeita, porque não respeita sequer a si próprio. Um
típico cara-de-pau, resumidamente.
Um comentário :
E pensar que o estado tem uma pessoa com esse perfil presidindo um órgão que teria o papel de fiscalizar as contas do estado. Estamos perdidos.
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