domingo, 28 de fevereiro de 2016

TCE – Versão soa a escárnio de cara-de-pau



Certos atos quando não depõem contra biografias, dizem tudo sobre elas. No caso do presidente do TCE, conselheiro Luís Cunha, sua postura diante da denúncia sobre a falcatrua no tribunal, embora corrobore seus antecedentes, ainda assim permite concluir que subestimou-se sua periculosidade como o calhorda revelado no rastro da estapafúrdia versão oferecida. Uma versão que soa a escárnio, a deboche puro e simples, porque ofende a inteligência, atropela os fatos, vale-se da meia verdade para iludir eventuais incautos, trata-nos como néscios, menospreza o decoro, macula a liturgia do cargo que a ele caberia dignificar e zomba dos mais elementares princípios de decência e da moralidade pública. Ao fim e ao cabo, o presidente do TCE comporta-se como a desfaçatez do tradicional punguista, que, mesmo flagrado delinquindo, jura inocência com um cinismo capaz de corar anêmico.

Como não é crível que um gestor desconheça a lei, principalmente em se tratando de um Tribunal de Contas, Luís Cunha emerge, deste episódio, como um moleque, nada mais que um moleque. Um moleque abusado, que a ninguém respeita, porque não respeita sequer a si próprio. Um típico cara-de-pau, resumidamente.

Um comentário :

Anônimo disse...

E pensar que o estado tem uma pessoa com esse perfil presidindo um órgão que teria o papel de fiscalizar as contas do estado. Estamos perdidos.