SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
TRANSPARÊNCIA – CNMP obriga Neves a publicar as remunerações de membros e servidores do MPE
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Neves: mandonismo, traduzido na suspeita falta de transparência,... |
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...sepultado pelos conselheiros do CNMP, na sessão de terça-feira, 24. |
A decisão representa uma derrota para o
procurador-geral de Justiça do MPE, o Ministério Público do Estado do Pará,
Marcos Antônio Ferreira das Neves, também conhecido como Napoleão de Hospício, por seu mandonismo, e é difícil não
relacioná-la a passagem por Belém do corregedor nacional do CNMP, o Conselho
Nacional do Ministério Público, Cláudio Henrique Portela do Rego. Em sessão
ordinária realizada nesta última terça-feira, 24, o CNMP determinou, por
unanimidade, que o MPE disponibilize, em até cinco dias,
em seu portal eletrônico, as remunerações de membros e servidores ativos e
inativos, em observância às resoluções CNMP nºs 89/2012 e 115/2014.
A notícia está na edição desta quarta-feira,25, do portal do CNMP. Segundo revela
a notícia, o relator do processo, conselheiro Fábio George Cruz da Nóbrega, observou
que a consulta ao portal eletrônico do MPE realizada em 31 de agosto de 2015
indicou que não estavam disponíveis informações sobre remunerações e proventos
recebidos por membros e servidores ativos e inativos.
Fábio
George Cruz da Nóbrega destaca que, ao dispor sobre a transparência no Ministério
Público brasileiro, a resolução CNMP nº 89/2012, que regulamenta a Lei de
Acesso à Informação - com as modificações introduzidas pela resolução nº
115/2014 – passou a exigir que todas as remunerações e os proventos recebidos
por todos os membros e servidores, ativos ou inativos, sejam divulgados nos
sites dos órgãos do MP, com a identificação nominal e individualizada dos
beneficiários.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
UFPA – Universidade vai mal, mas farra de diárias fez reitor embolsar quase R$ 52 mil em setembro
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Carlos Maneschy, reitor da UFPA: contracheque cevado com diárias. |
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Portal da Transparência: os polpudos números da farra de diárias. |
A crise que aflige a grande maioria dos
brasileiros, com a estagflação produzida pelos sucessivos governos
lulopetistas, certamente não alcançou o reitor da UFPA, a Universidade Federal
do Pará, Carlos Maneschy. Segundo revelação feita ao Blog do Barata, com base no Portal
da Transparência do Governo Federal, no mês de setembro Maneschy, cuja
remuneração básica é de R$ 24.255,22, engordou seu contracheque com mais R$
27.605,61, a título de diárias, embolsando um total de R$ 51.861,83. O reitor
da UFPA, que cumpre seu segundo mandato, é acidamente criticado por
protagonizar uma administração de resultados pífios, principalmente quando
comparada com a de seu antecessor, o ex-reitor Alex Fiúza de Mello, em cuja
gestão a Universidade Federal do Pará foi aquinhoada com fartos recursos pelo
MEC, o Ministério da Educação.
A denúncia feita ao Blog do Barata sublinha, em particular, o sucateamento do curso de
engenharia industrial. “Abandonado e sucateado, o curso de engenharia
industrial deixará muitos no desemprego”, salienta, citando a situação dos
graduados no campus da UFPA em Abaetetuba. “Nenhum graduado em engenharia industrial
do campus da UFPA em Abaetetuba não conseguiu emprego”, ilustra o autor da
denúncia, protegido pelo anonimato. A propósito, ao criticar a faraônica
remuneração do reitor, diante do sucateamento do curso, o autor da denúncia
anônima cita o projeto pedagógico da UFPA, segundo o qual “o profissional de
engenharia industrial é um profissional de alta empregabilidade”.
Postado por
Augusto Barata
às
13:19
14 comentários
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UFPA
UFPA – Antecedentes nada lisonjeiros
Não são exatamente lisonjeiros os
antecedentes do atual reitor da UFPA, Carlos Maneschy. A ele aderiu o estigma de administrador inepto que o acompanha desde sua passagem
pela Fadesp, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa. Ao suceder
Carlos Maneschy como diretor executivo da fundação, em outubro de 2001, o
professor Luiz Acácio Centeno
Cordeiro, dentre outras mazelas que herdou, encontrou a Fadesp
inadimplente no SIAF, o Sistema Integrado de Administração Financeira, o órgão
federal que controla o emprego da verba pública. A Fadesp estava desde
fevereiro do mesmo ano sem poder movimentar novos recursos. A denúncia partiu
da Funasa, a Fundação Nacional de Saúde, por causa de um recurso do Fundo
Nacional de Saúde utilizado indevidamente. Ao término de sua gestão, em
entrevista ao jornal O Liberal, Luiz Acácio Centeno Cordeiro,
embora sem citá-lo nominalmente, foi contundente em relação a Maneschy. Ele
declarou, com todas as letras, que a primeira meta a cumprir, ao tornar-se
diretor executivo da Fadesp, foi resgatar a credibilidade da fundação, ao
recuperá-la financeiramente.
Deslumbrando
com as pompas e circunstâncias do poder, o que de mais notável Carlos Maneschy
produziu, à frente da Fadesp, foi um patético triângulo amoroso, com lances
dignos de folhetim brega. De resto, coincide com sua gestão a ascensão de uma
troika que deu o que falar, formada pela gerente administrativa, Eliana Alzira
Levy Fernandes; o coordenador de Prestação de Contas da época, Carlos Alberto
Tabosa da Silva; e o coordenador de Informática, Walter Oliveira Junior,
protagonista de uma gafe hilária, que entrou para o folclore da incompetência
que prospera em setores da UFPA. Quando a folha de pagamento da fundação sumiu,
em um eventual colapso do sistema de informática, descobriu-se que ele não
tomava a mais elementar precaução, que era fazer o becap. Os três - Eliana
Alzira Levy Fernandes, Carlos Alberto Tabosa da Silva e Walter Oliveira Junior –
estiveram uma época sob a mira da Polícia Federal, diante de indícios de
envolvimento em um esquema criminoso destinado a desviar recursos de convênios.
A despeito
da sua polêmica administração na Fadesp, Carlos Maneschy seguiu impune, na
esteira do corporativismo que medra com vigor na UFPA. Restou o eventual constrangimento
de ter sua probidade publicamente questionada. Por conta de suas estripulias na
Fadesp, atribuiu-se a recalcitrância no governo Lula em nomeá-lo reitor, apesar
de ter vencido na eleição direta - por pequena margem de votos - a professora
Regina Feio, candidata do ex-reitor Alex Fiúza de Mello. Maneschy obteve o
segundo mandato, como reitor, como candidato único.
SANTA CASA – Servidores anunciam greve e denunciam arrocho, empreguismo e sucateamento
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Protesto de servidores diante da Santa Casa de Misericórdia do Pará. |
“Durante
a greve os servidores vão desmentir a falácia do governador Simão Jatene e
mostrar as reais condições da atual administração daquele órgão, em flagrante
comprometimento com a politicagem de empreguismo público e distribuição
graciosa de plantões e/ou cargos DAS; tanto que, todos os dias é grande o fluxo
de entrada e saída de carros que vão levar os apaniguados do PSDB para a única
tarefa que lhes cabe: bater o ponto e voltar para o carro.”
Esta é a promessa das lideranças que
articulam a greve dos servidores da Fundação Santa Casa de Misericórdia do
Pará, definida por, estimativamente, 40% da categoria, em assembleias gerais realizadas
em todos os turnos de trabalho, das quais resultou a decisão de deflagrar a
paralisação a partir da próxima segunda-feira, 30. Dentre outras denúncias, que
incluem o sucateamento da instituição e o empreguismo, os servidores destacam a
“imoralidade política” do governador Simão Jatene, ao reduzir a remuneração dos
trabalhadores da Santa Casa, o que atinge “um adicional que há décadas é pago”,
a Gratificação de Desempenho Individual, e que “pela lei deveria ser de 20% ou 40%”, mas
que o governo estadual limitou a 10%. “Se os
servidores resolvessem cobrar na Justiça o retroativo da diferença de 10 ou
30%, certamente o desembargador Constantino Guerreiro (presidente do TJPA) iria
se posicionar contra, por conveniência de ter duas filhas ocupando
graciosamente cargos DAS-6 na governadoria do Estado”, acrescentam os
servidores.
SANTA CASA – “Estelionato midiático”
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Jatene: sob ácidas críticas pelo arrocho e pelo estelionato midiático. |
“A
Santa Casa é um reflexo do governo Simão Jatene, cujo estelionato midiático
convenceu muitos, por muito tempo”, disparam as lideranças dos servidores da
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. “De que adianta um doente de
câncer ser internado em um hospital novo e bonito, e lá não ter nenhum
medicamento especial para lhe oferecerem”, observam. “Ele volta para casa
triste, profundamente abatido, sabendo que o prognóstico é o pior possível: a
morte”, acrescentam.
Os
servidores sublinham , em tom de inocultável indignação, o caráter deletério da
propaganda veiculada pelo governo Simão Jatene. “O governador gastou centenas
de milhões de reais com propaganda, com agência publicitária, tão-somente para
colher dividendos políticos, não interessando se os pacientes vão morrer por
falta de recursos especializados e de medicamentos”, arrematam.
MATANÇA – MPF cobra proteção para lideranças em áreas de conflito no Pará
Nada
mais ilustrativo sobre o sucateamento da segurança pública no Pará e da
indiferença dos inquilinos do poder diante da incessante matança registrada na
esteira de conflitos agrários. Assim pode ser resumida a iniciativa do
Ministério Público Federal, ao ajuizar uma
ação civil pública contra a União e o Estado do Pará para que implementem
medidas efetivfamente capazes de proteger os defensores de direitos humanos
ameaçados no Pará. O pedido urgente é para evitar assassinatos de lideranças
ameaçadas em áreas de conflito no estado, segundo notícia do portal G1/Pará.
Entre 1985 e 2013, o Pará registrou 645 mortes por conflitos no campo,
segundo a CPT, a Comissão Pastoral da Terra. Ainda segundo a CPT, o número é
quase cinco vezes maior que o registrado pelo segundo estado no ranking de assassinatos por questões fundiárias, o
Maranhão, com 138 casos no mesmo período
A ação, apresentada na
Justiça Federal em Itaituba, sudoeste do Pará, pede que sejam asseguradas
escoltas e rondas policiais, além de atendimento à saúde, psicológico e
jurídico para os ameaçados, acrescenta o G1/Pará. Segundo o MPF, as
lideranças ameaçadas deveriam ter sido incluídas no Programa de Proteção aos
Defensores de Direitos Humanos, criado em 2004 pela presidência da República,
mas não há estrutura mínima para efetivar a proteção dessas pessoas. “O programa deveria ter uma delegacia
especializada para a segurança pessoal dos ameaçados e para a investigação dos
crimes relacionados e atendimento psicológico especializado, porém, nada disso
existe”, acentua ainda notícia.
domingo, 22 de novembro de 2015
MÍDIA – MPF quer cassar concessões de rádio e TV de 40 congressistas, revela a Folha de S. Paulo
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Jader e Elcione: dentre os beneficiários da mamata das concessões. |
Segundo a Folha de S. Paulo, o Ministério Público Federal deverá desencadear
ações, por meio de suas sedes estaduais, contra 32 deputados federais e oito
senadores que figuram nos registros oficiais como sócios de emissoras de rádio
ou TV pelo País. Com base no artigo 54 da Constituição Federal, que proíbe congressistas
de “firmar ou manter contrato com empresa concessionária de serviço público”, a
Procuradoria Geral da República pedirá a suspensão das concessões e condenação
que obrigue a União a licitar novamente o serviço e se abster de conceder novas
outorgas aos citados, acrescenta a notícia.
Se confirmada, a iniciativa investe contra
uma das mais escandalosas práticas da política brasileira, que
afronta a lei e o decoro, que é o tráfico de influência nas concessões de rádio
e TV, tradicionalmente utilizadas como instrumento de barganha política. Não
por acaso, como cita a Folha de S. Paulo,
entre os alvos da iniciativa inédita - lançada com
aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e coautoria do Coletivo
Intervozes -, figuram alguns dos mais influentes políticos do país, como os
senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, Edison Lobão (PMDB-MA), José
Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho
(PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Na Câmara,
devem ser citados deputados como Sarney Filho (PV-MA), Elcione Barbalho
(PMDB-PA), ex-mulher de Jader Barbalho e mãe do ministro dos Portos, Helder
Barbalho, Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e Rubens Bueno (PR), líder do PPS na
Casa.
Segundo ainda revela a Folha de S. Paulo, dos 40
congressistas que constam como sócios de rádios ou TVs, sete creem que a
legislação permite esse tipo de participação, desde que eles não exerçam
funções administrativas nas emissoras. Essa opinião,
acrescenta o jornal, foi manifestada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando
Collor (PTB-AL), Gonzaga Patriota (PSB-PE), João Henrique Caldas (SD-AL), João
Rodrigues (PSD-SC), Ricardo Barros (PR-PR) e Victor Mendes (PV-MA). "O ordenamento jurídico permite [ser sócio]. Não exercendo direção,
não há vedamento legal", declarou João Henrique Caldas.
OUTROS 400 – A proposta de um jornalismo como contraponto à versão oficial dos inquilinos do poder
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Equipe do portal Outros 400: sempre na contramão da versão oficial. |
“Nossa proposta
é um contraponto à narrativa oficial.” Feita em nome do coletivo, esta é a
definição da equipe de jovens profissionais envolvidos na empreitada sobre os
princípios editoriais que balizam o Outros 400, o portal de jornalismo paraense que
acaba de ser lançado e cujo endereço eletrônico é http://www.outros400.com.br/ . Todos muito jovens, entre 24 e 30 anos, e descritos como "de aguçado senso crítico", da equipe fazem parte Abílio
Dantas, jornalista; Fernanda Martins, jornalista; Gustavo Dutra, jornalista;
Herôn Victor, publicitário; Jeijy Okada, publicitário; João Cunha, jornalista;
Kamilla Santos, jornalista; Kleiton Silva, jornalista; Marri Smith,
publicitária; Moisés Sarraf, jornalista; Rafael Monteiro, publicitário; e Yasmin
Uchôa, jornalista. “Começamos a refletir a partir da compreensão de que a História é uma
construção social. E que, em momentos marcantes, como o aniversário de 400 anos
de Belém, acontecem grandes apropriações políticas dos fatos passados. Nesse
sentido, partimos à reflexão dessa história”, pontuam, pontuam, ao explicar a
ideia básica que inspirou o surgimento do portal, cuja página no Facebook pode
ser acessada pelo link https://www.facebook.com/Outros400/
. A primeira reportagem do portal, intitulada “Um risco, um pixo e um grafite”,
pode ser acessada pelo link http://www.outros400.hostbelem.com.br/especiais/3594 .
A expectativa imediata, esclarece o grupo,
é estimular o contraditório, inclusive revisitando a História, ao focar os
fatos à margem da versão oficial e revelando a face sombria de personagens incensados nos relatos consagrados pelo status quo. “Achamos que o
debate no espaço público está minguado, com poucas vozes destoantes”, acentuam.
“É por isso que governos impõem suas decisões sem debate, participação, sem
atender aos interesses da população”, sentenciam, com aquela pitada convicção
pétrea de quem utiliza as palavras para expressar seu pensamento e não para
escamoteá-lo. A mesma convicção que revelam ao contestar, com o ousado destemor
da juventude, um dos princípios cultivados pela mídia tradicional, pelo menos
para consumo externo: a imparcialidade. “Entendemos a imparcialidade
como mito”, antecipam. .”E basta olhar com clareza. A história da imprensa
mostra isso”, sublinham.
“Fatos são o sólido e a interpretação é que deveria
variar. Mas mesmo fatos, hoje, são destoados, distorcidos pelos veículos de
comunicação”, acrescentam, para em seguida detalharem a ambição que permeia o
lançamento do portal Outros 400: “Além de uma nova interpretação,
partimos de uma interpretação dos fatos voltados para o interesse real da
população. Há o emergir de novos movimentos em Belém, desde a comunicação às
artes. E acreditamos fazer parte desse movimento no campo da imprensa.”
OUTROS 400 – Estratégia de marketing
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O kit: estratégia que aguçou a curiosidade sobre o portal Outros 400. |
Não convém duvidar, a priori, da
criatividade da equipe do portal Outros 400. O lançamento do portal foi
precedido pelo envio a um elenco de profissionais de um kit que despertou a
curiosidade dos destinatários. O kit, em uma elegante caixa de papelão, com um adesivo com a logomarca do portal, incluía um cartão postal, um paper toy
e uma essência perfumada, dessas encontradas no Ver-o-Peso, com a etiqueta com
a inscrição “Perfume Outros 400”.
O cartão postal, em cujo verso figura um
flagrante aerofotogramétrico de parte de Belém, traz no reverso o seguinte
texto, subscrito por “Daqueles que também acreditam noutra cidade”:
“Querido belenense,
“Olhando as fotos da tua cidade, ouvindo os
discursos sobre tuas ruas e praças, discutindo teus problemas, foi inevitável
não imaginar outra cidade às vésperas do teu aniversário de 400 anos. Não
aquela Belém da Belle Époque em que apenas a elite podia usufruir da riqueza da
cidade. Também não é a cidade do ‘já teve’. Tampouco uma cidade erguida sob o
regime da escravidão indígena e africana. Outra! Uma cidade onde massacres não
enlutam famílias e que o trânsito não nos mata um pouco a cada dia. Uma outra
cidade que, a bem da verdade, não existe. Talvez nunca tenha existido Mas a de ser. Por isso te mandamos este
postal: diga-nos o que há de ter numa outra Belém. Conte ao mundo! O que é a
outra Belém para você?
“Daqueles que também acreditam noutra
cidade”
“PS.: Ah, mandamos também um perfume lá do
Ver-o-Peso pra afastar o mau olhado e esse presente pra ti. Porque a gente sabe
que essa nova cidade só se constrói se tu estiveres com a gente.
“#Outros400”
O kit surtiu o efeito desejado, ao
despertar a curiosidade sobre o portal lançado posteriormente.
OUTROS 400 - “Não é uma ideia nova, é apenas a função da imprensa, que queremos empunhar”
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Foto P&B de Kleiton Silva: dentro do padrão de ousadia do blog. |
Apesar da ousadia própria da juventude, a
equipe do portal Outros 400 não sucumbe a tentação do êxtase improdutivo da
vaidade, irmã siamesa do cabotinismo. “Não é uma ideia
nova, é apenas a função da imprensa, mas que queremos empunhar”, observam. “É
observando os vícios da imprensa atual que buscamos a construção de nossa linha
editorial, que não é um processo acabado, mas que se faz todo o dia”, destacam
os profissionais envolvidos no projeto, declarando-se equidistantes da disputa,
comercial e política, travada entre os dois grandes grupos de comunicação do
Pará, das famílias Maiorana e Barbalho. “Queremos ficar distantes das disputas
familiares e de interesses econômicos dos dois grupos hegemônicos da
comunicação em Belém”, enfatizam. Mais que isso, a preocupação é ousar, sempre
na perspectiva de explorar as possibilidades de alcançar o exercício do bom
jornalismo.
“Queremos, ainda, experimentar na linguagem, no
texto e na foto. É notório o cansaço do texto jornalístico, chato, padronizado,
monótono. Queremos experimentar elementos da crônica, elementos do artigo,
buscar o interesse do leitor. Que nosso estilo seja também um ponto a se
diferenciar. Na fotografia, veiculamos uma reportagem toda com fotos em preto e
branco. Qual jornal faz isso? Parece simples, mas não se faz. Queremos explorar
as possibilidades da forma para um bom jornalismo”, resume o grupo de jovens
profissionais que fazem o portal Outros 400, na entrevista abaixo,
concedida ao Blog
do Barata.
Como
surgiu a ideia do portal e como vocês conseguiram viabilizá-la, diante dos
custos e da disponibilidade que implementá-la previsivelmente exige?
Partimos de três
eixos: condições de trabalho do profissional da comunicação, espaço no mercado
e demanda social. Os atuais veículos de comunicação simplesmente sugam o
profissional com altas cargas de trabalho, baixa remuneração e pouquíssima
participação na linha editorial. Queremos reverter esse quadro.
Vimos, também,
que há um público cada vez mais crescente que não se interessa pelos antigos
formatos dos jornalões e mesmo de seus sites. Um público mais exigente com
relação às demandas sociais que ganham mais destaque, como a questão da mulher
e do negro na sociedade. Ou seja, há um espaço no mercado. E, por fim,
queríamos reavivar a função do comunicador como um profissional que tem muito a
contribuir à sociedade, nos variados campos.
Os custos se
mostraram como maior desafio. Se os empreendedores não se mostram muito
voltados para a criação de novos formatos de comunicação, foi imprescindível
que os próprios jornalistas e publicitários se apropriassem dessas ferramentas,
como planejamento e gestão. Então, nos voltamos para a compreensão de tais
ferramentas, trabalhando sempre com dois eixos: baixo custo e criatividade.
Qual a
proposta basilar do Outros 400 e quais as perspectivas que vocês vislumbram para
ele, em uma Belém na qual o novo e o velho convivem conflitivamente e o status
quo costuma reagir com inocultável reserva a tudo que foge aos padrões
estabelecidos?
Começamos a
refletir a partir da compreensão de que a História é uma construção social. E
que, em momentos marcantes, como o aniversário de 400 anos de Belém, acontecem
grandes apropriações políticas dos fatos passados. Nesse sentido, partimos à
reflexão dessa história. A Cabanagem, por exemplo, foi objeto de disputa de
vários governos, desde o século XIX até a ressignificação dada pela gestão
Jader Barbalho e, depois, Edmilson Rodrigues. Entendemos que temos uma função
política que perpassa pela rediscussão do passado. Por que Francisco Caldeira
Castelo Branco, o colonizador e genocida, é nome de comenda, e Guaimiaba, o
indígena resistente, não?
Nossa proposta é
um contraponto à narrativa oficial. Achamos que o debate no espaço público está
minguado, com poucas vozes destoantes. É por isso que governos impõem suas
decisões sem debate, participação, sem atender aos interesses da população.
Isto está claro em Belém: o trânsito e o transporte público são uma afronta
diária, nosso hospital de urgência e emergência pegou fogo! O Festival de Ópera
é de um elitismo tamanho, realizado por uma elite que ainda acredita estar na
Belle Époque, louvando aquele tempo, sem ponderar a exclusão social que o ciclo
da borracha representou. Não que a ópera não seja uma manifestação relevante,
mas se torna um problema quando o investimento público não se estende a outras
manifestações culturais. O que há para o carimbó, por exemplo? É nesse sentido
que vamos buscar o contraditório, o debate amplo de ideias, contraposição de
argumentos. Ou seja, não é uma ideia nova, é apenas a função da imprensa, mas
que queremos empunhar novamente.
Qual o
tipo de jornalismo que vocês pretendem implementar e no que ele se diferencia
daquele que é praticado pela mídia tradicional?
Juntando ao que
dissemos acima, pretendemos vários pontos. Com relação à linha editorial,
queremos criar uma narrativa realmente relevante, sem se curvar de maneira
imoral ao interesse do público. O caso Joelma e Chimbinha, por exemplo,
notoriamente uma questão de foro íntimo, virou manchete, local em
nacionalmente. Esse tipo de objeto não é matéria do nosso portal, a não ser que
seja para problematizar esse tipo de postura jornalística “caça cliques”, sem
se importar com a relevância real dessa informação para a sociedade, além de
expor a vida íntima de um casal. Não podemos ir a uma coletiva de imprensa do
Estado apenas para reproduzir o que lá fora dito, mas sim contestar
efetivamente os informes estatais. Queremos ficar distantes das disputas
familiares e de interesses econômicos dos dois grupos hegemônicos da
comunicação em Belém. Nada de fotos de suspeitos de crimes, nada de exposição
de pessoas desnecessariamente. Essas pessoas têm vidas, identidades, e não
podem ser apenas expostas apenas para a obtenção de leitores e cliques. É
observando os vícios da imprensa atual que buscamos a construção de nossa linha
editorial, que não é um processo acabado, mas que se faz todo o dia.
Queremos, ainda,
experimentar na linguagem, no texto e na foto. É notório o cansaço do texto
jornalístico, chato, padronizado, monótono. Queremos experimentar elementos da
crônica, elementos do artigo, buscar o interesse do leitor. Que nosso estilo
seja também um ponto a se diferenciar. Na fotografia, veiculamos uma reportagem
toda com fotos em preto e branco. Qual jornal faz isso? Parece simples, mas não
se faz. Queremos explorar as possibilidades da forma para um bom jornalismo.
Na página
do portal no Facebook está escrito que vocês abdicam da preocupação da pretensa
parcialidade. Isto significa que vocês partem da premissa que o mais relevante
é a independência e o respeito aos fatos, na perspectiva de que as
interpretações são livres, mas os fatos são sagrados?
Entendemos a
parcialidade como mito. E basta olhar com clareza. A história da imprensa
mostra isso, desde Patroni até a fundação do Diário do Pará. Nove pessoas morreram numa chacina no ano passado
em Belém. A diferença é que a imprensa deixou o governo do Estado construir uma
narrativa de que o problema foi o compartilhamento indiscriminado de
informações nas redes sociais. E não o problema óbvio: nove mortes sem
explicação real. Pessoas sem envolvimento com crimes, e, mesmo que tivessem,
nunca poderiam ser executadas. Fatos são o sólido e a interpretação é que
deveria variar. Mas mesmo fatos, hoje, são destoados, distorcidos pelos
veículos de comunicação. Além de uma nova interpretação, partimos de uma
interpretação dos fatos voltados para o interesse real da população. Há o
emergir de novos movimentos em Belém, desde a comunicação às artes. E
acreditamos fazer parte desse movimento no campo da imprensa.
Buscamos uma
gestão horizontal, em que todos possam opinar sobre nossa pauta e nossas formas
de comunicar, prática que não se vê atualmente nas redações. Dentre os
jornalistas, revezamos as funções de produtor, repórter e editor, buscando dar
participação em todas as fases da produção da notícia, sem que isso se
transforme em sobrecarga de trabalho. No campo do marketing, não só os
publicitários conduzem, mas também os jornalistas. Jornalistas e publicitários
trabalham em conjunto, compartilhando experiências e técnicas, para a
construção de uma imprensa democrática, sem a hierarquia do patrão e empregado,
que já se demonstrou insuficiente para um jornalismo sólido.
OUTROS 400 – O manifesto de lançamento
Com um quê de irreverência e ironia,
intitula-se “O canto do urubu” o manifesto de lançamento do Outros
400, disponibilizado na página do portal e abaixo transcrito:
O CANTO DO URUBU
Modernizar o passado é uma evolução musical
Chico Science
A CIDADE
É um balé,
um bando de famintos. São sobreviventes de asas negras pairando sobre as
feiras. Sobre as ruas. Sobre os canais. O Coragyps atratus, o
urubu-de-cabeça-preta, segue sua busca diária por comida com os olhos atentos
entre os becos e absurdos de Belém do Pará. Não conhece nem o nome nem as
farsas que sobre ela os homens contam. O que sabe é o que vê a quase três mil
metros de distância. O que sabe são os cheiros pescados por seu faro apurado.
Desliza nos ventos, quase boia, como crianças em igarapés. E de lá viu e vê
histórias.
De lá pôde
ver comandantes europeus amarrando indígenas em bocas de canhões, tal como vê
os homens de farda de hoje ameaçando a periferia e exigindo propinas de
pequenos comerciantes. De lá viu abrirem-se grandes avenidas e serem expulsas
famílias inteiras para as margens, tal como vê agora as mulheres esgueirando-se
na calçada por medo de assédio e violência. Ainda.
Ele paira e
sente a certeza da insegurança dos que vão lá embaixo. Observa calmamente. E,
embora não tenha órgão vocal, crocita, solta barulhos estranhos. Algo
semelhante a um grito. Talvez um novo tipo de canto. De esperança?
A INFORMAÇÃO
O ano em que
chegamos ao quarto centenário de Belém não pode tornar-se uma vitrine para que,
mais uma vez, uma história de genocídios e exclusão social seja escondida e
naturalizada. Ou pior: convertida em algo merecedor de louvores, sendo assim
também ocultadora da situação real de nosso presente.
Torna-se
inaceitável que desconheçamos, por exemplo, quem foram os representantes da
dominação europeia que hoje dão nome à comendas entregues pela Prefeitura
Municipal. Que aceitemos a alcunha de “cidade morena”, sem questionarmos o
quanto de preconceito e discriminação à mulher negra amazônica ela carrega. É
inadmissível que recebamos calados notícias que tratam com louros e confetes a
trajetória de políticos e padres que foram representantes máximos da ditadura
militar no Estado do Pará, tendo em vista o papel desempenhado pelo regime.
Qualquer discurso alinhado com este comportamento deve ser exposto com clareza.
E discutido.
Junto à
visão dos urubus devemos alinhar nosso olhar. Compreender o porquê de alguns
receberem a carcaça no chão e, outros, o prato com o filé. Buscar as narrativas
dos passos nas vias sem asfalto, nos portos sem condição de trabalho, nas vilas
onde ainda é uma realidade sentar-se à porta de casa e observar a vida, mesmo
com receio. É preciso apurar os sentidos. Distinguir o que para uns é canto e
para outros é grito. O que para uns, grafite, para outros, pixo. Olhar de
frente para o futuro, para o presente e para passado.
OUTROS
PORTAIS
É urgente,
portanto, a criação e fortalecimento de novos espaços de crítica e discussão.
Locais de produção de comunicação que não se furtem à experimentação e ao
posicionamento de ideias. E que sejam capazes de receber de asas abertas o
contraditório, sempre primando pelo debate franco e respeitoso. Nos últimos
anos, Belém vem dando cria e vazão a uma série de iniciativas e movimentos
que chamam para si a necessidade de construção de uma outra cidade.
Acreditamos que estes voos devem ser estimulados e multiplicados. Em nome de
uma cidade onde os solares recebam a luz do sol, e não a poeira do descaso.
Onde as chacinas não sejam tragédias anunciadas para a maioria da população. Um
lugar onde outra história imponha sua força com eficácia e seriedade. E logo.
#Outros400.
OUTROS 400 – A proposta editorial
Ao expor sua proposta editorial, o portal Outros
400 assinala a preocupação com “os fatos e criações
(livros, filmes, shows) referentes aos 400 anos de Belém, o fomento do debate
público sobre os rumos da cidade em todos seus aspectos”. Isso, como é
sublinhado, sob uma premissa: “Somos parciais”. O que o portal trata logo de
esclarecer: “Não acreditamos no mito da imparcialidade do jornalismo.
Jornalismo é parcial: queremos discutir outra Belém, pautada pelo interesse
público.” Isso sob uma perspectiva muito clara: “Espírito crítico é
desconstruir verdades tidas como absolutas em Belém e na Amazônia, contribuindo
para a construção de uma comunicação como uma ferramenta para a emancipação
social.”
Em seguida, a transcrição dos “Princípios
editoriais” do portal, alinhados na página do Outros 400:
Princípios editoriais
O portal Outros
400 é um espaço virtual de produção de notícias e conteúdos de
comunicação. São o seu foco de atuação os fatos e criações (livros, filmes,
shows) referentes aos 400 anos de Belém, o fomento do debate público sobre os
rumos da cidade em todos seus aspectos: políticos, ambientais e culturais, e
abordagens da história de nossa capital a partir de uma visão crítica da
realidade.
Parcialidade
Somos parciais. Nossas
reportagens não vão mostrar apenas o “outro lado”. Mas os vários lados e
facetas da sociedade. Não acreditamos no mito da imparcialidade do jornalismo.
Jornalismo é parcial: queremos discutir outra Belém pautada pelo interesse
público.
Diversidade
Mais que respeito à
diversidade, levantamos as diferenças como bandeira. Vamos colocar em pauta
grupos e povos que vem historicamente sendo marginalizados: mulheres, negros,
indígenas, ribeirinhos, homossexuais e tantos outros grupamentos que são
silenciados diariamente.
Espírito crítico
A cada frase publicada
e a cada manchete redigida, vamos procurar a origem dos seus significados.
Espírito crítico é desconstruir verdades tidas como absolutas em Belém e na
Amazônia, contribuindo para a construção de uma comunicação como uma ferramenta
para a emancipação social.
Outros 400 – A equipe
![]() |
Abílio Dantas, jornalista. |
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Fernanda Martins, jornalista. |
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Gustavo Dutra, jornalista. |
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Herôn Victor, publicitário. |
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Heijy Okada, publicitário. |
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João Cunha, jornalista. |
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Kamilla Santos, jornalista. |
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Kleyton Silva, jornalista. |
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Marri Smith, publicitária. |
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Moisés Sarraf, jornalista. |
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Rafael Monteiro, publicitário. |
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Yasmim Uchôa, jornalista. |
sábado, 21 de novembro de 2015
SEGURANÇA – Depois das chacinas de Belém e Icoaraci, matança indiscriminada em Altamira
Sob a letargia do governador tucano Simão
Jatene, responsável direto pelo sacateamento da segurança pública, e a omissão,
no limite da cumplicidade, do Ministério Público Estadual, graciosamente
preocupado com o horário de funcionamento de bares, restaurantes e similares, a
escalada da criminalidade no Pará tem um novo e trágico capítulo.
Depois das chacinas de Icoaraci e de Belém,
a sociedade paraense se depara, estupefata, com uma nova matança
indiscriminada, agora em Altamira, onde, ao assassinato do cabo PM Anderson Martins de Holanda,
seguiu-se a morte, com características de execução, de sete pessoas. Segundo o noticiário do G1/Pará, o cabo, que deixou mulher e
três filhos, foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto na última
quarta, 18. A notícia acrescenta que ele é o quarto policial assassinado em
Altamira nos últimos três meses, três dos quais estavam de folga quando foram
mortos. As sete mortes ocorridas após o assassinato do cabo PM Anderson
Martins de Holanda aconteceram em uma mesma noite, em nove locais distintos da
periferia de Altamira. Aos sete mortos, com características de execução, somam-se seis pessoas baleadas, uma delas em estado grave, ainda de acordo com o G!/Pará.
Os assassinatos de PMs, sucedidos por
matanças indiscriminadas inevitavelmente associadas à própria Polícia Militar, ilustra
o descalabro ao qual estamos todos expostos. Institucionalizou-se as barbárie,
na esteira do sucateamento da segurança pública e da falência das instituições
no Pará, com ênfase nos poderes Executivo, Legislativo me Judiciário,
devidamente coadjuvados pelo Ministério Público Estadual, refém de conveniências
escusas que alimentam o pacto de silêncio conivente dos inquilinos do poder.
Triste Pará, terra sem lei!
BLOG – Postagens mais lidas da semana
OAB – “Jarbas Vasconcelos e
seu grupo revelaram-se indignos da confiança que lhes foi depositada”...
16 de nov de 2015
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17 de nov de 2015
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17 de nov de 2015
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LILLIAN WITTE FIBE * – Nunca antes na história deste deste País se demitiu tanta gente
Que
pena. O que será que a presidente Dilma tem a dizer sobre isso?
Não
bastasse o desemprego ter saltado de 4,7% em outubro do ano passado) para 7,9%
(outubro deste ano), conforme número divulgado ontem pelo IBGE, o Ministério
do Trabalho soltou hoje estatísticas sobre o encolhimento dos empregos formais.
Os
cortes de vagas mais do que quintuplicaram de um outubro pra outro.
Em
2014, o mês já não foi nenhuma maravilha. Foram cortadas mais de 30 mil vagas.
Mas
agora em 2015 foram fechadas 169.131 vagas. Só em outubro.
Ao
contrário do IBGE, que mede também a atividade da economia informal, os números
do Ministério do Trabalho são levantados através do cadastro geral de
empregados e desempregados formais, isto é, daqueles regidos pela CLT. E
abrangem os trabalhadores que, quando registrados, têm acesso a fundo de
garantia, hora extra, seguro desemprego, férias, décimo terceiro e aviso prévio.
E
o que se vê de novo hoje é que a presidente Dilma vai batendo um recorde atrás
do outro.
Agora,
conseguiu bater o Plano Real, que tem 21 anos.
A
pesquisa sobre o emprego formal começou a ser feita há 23 anos, dois antes do
lançamento do Plano Real, isto é, em 1992.
O
PT, ou o ex-presidente Lula, que cravou o bordão, já podem dizer de novo o
famoso: “nunca antes na história deste país”.
Nunca
antes se demitiu tanta gente quanto agora
* Lillian
Witte Fibe é jornalista e mantém o site Lillian Witte Fibe #Assimnãodá (http://lillianwittefibe.com/ ).
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
SAÚDE – Grave, denúncia aponta desvio de recursos para alimentar caixa dois nas eleições de 2016
É grave, muito grave, e por isso exige a
apuração pelo Ministério Público, Estadual e Federal, a denúncia sobre a suposta
utilização da terceirização como ardil para maquiar o desvio de recursos da
saúde pública para um caixa dois pelo governo Simão Jatene, mirando na
reeleição do prefeito de Belém, o tucano Zenaldo Coutinho, do PSDB, mesma
legenda do governador. Previsivelmente anônima, diante dos riscos de
retaliação, a denúncia foi feita ao Blog do Barata, em comentário anônimo a propósito
da falta de medicamentos indispensáveis para o tratamento de crianças com
câncer internadas no Hospital Ophir Loyola.
A falta de medicamentos necessários ao
tratamento dos seus filhos ensejou um protesto de mães de crianças com câncer,
que interditaram a avenida Magalhães Barata, em frente ao Hospital Ophir
Loyola, na tarde desta última quinta-feira, 19. Em entrevista a TV Liberal,
afiliada da TV Globo, uma das mães, cujo filho pequeno está em tratamento
contra o câncer há três anos, revelou que a falta de remédios é recorrente. “Espero
por uma solução. Do contrário, meu filho será mais um número na estatísticas de
mortos do Ophir Loyola”, desabafou.
SAÚDE – Estelionato midiático
A denúncia sobre a falta de medicamentos
indispensáveis ao tratamento de crianças com câncer, no Hospital Ophir Loyola, ocorre
pouco mais de um mês depois do governador Simão Jatene inaugurar com pompas e
circunstâncias, acompanhado de um séquito de apaniguados e áulicos, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, mesmo
sem que este estivesse apto a entrar em atividade. O Hospital Oncológico
Infantil Octávio Lobo, diga-se, não dispõe sequer de lavanderia própria
e deverá utilizar a do Ophir Loyola.
A situação torna pertinente a observação do
autor da denúncia anônima feita ao Blog do Barata. “A suspensão da compra de medicamentos para leucemia é uma
entre muitas tragédias do governo Simão Jatene; o que há de diferente é a
tardia, porém louvável, reação de intolerância das partes atingidas”, salienta a
denúncia. “Resta saber se a maioria da população vai precisar 'dar com a cara
no chão' para descobrir o estelionato eleitoral produzido por mestres na arte
da comunicação”, acrescenta.
SAÚDE – Cortes cevam supersalários
Segundo ainda a denúncia feita ao Blog do Barata,
os cortes de vantagens das quais usufruía o conjunto de servidores públicos da
saúde pública, como direitos arduamente conquistados pela categoria, servem
também para cevar os contracheques das cabeças coroadas da tucanalha, a banda podre do PSDB, que se confunde com o governo
Simão Jatene. Em alguns casos, acentua a denúncia, há “médicos que exercem postos de influencia nas unidades
hospitalares da saúde” beneficiados com “remuneração por trabalho extra não
testemunhado por ninguém - nem mesmo pelas câmeras de segurança”.
“Servidores
públicos tem descoberto que os 'cortes' incidentes sobre vantagens e direitos
duramente conquistados pelos servidores atendem uma distribuição
generosa/graciosa de supersalários entre médicos que exercem postos de
influencia nas unidades hospitalares da saúde; alguns recebendo remuneração por
trabalho extra não testemunhado por ninguém - nem mesmo pelas câmeras de
segurança”, sublinha a denúncia.
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