André Otoni Vieira (à dir.): mantido no MPE em claro desafio ao CNMP. |
Por trás dessa discussão bizantina, travada
no Colégio de Procuradores do MPE, o Ministério Público Estadual, vislumbra-se
as digitais do procurador geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves.
Estrategicamente, Neves, também conhecido como Napoleão de Hospício, por seu mandonismo, esteve
ausente da sessão na qual foi debatido o cumprimento da resolução do CNMP
proibindo o exercício da advocacia por servidores do Ministério Público. O que
coloca em uma saia justa Neves, cujo amigo pessoal e assessor, além de sócio-administrador
em mais de uma de suas empresas, André Ricardo Otoni Vieira, já foi flagrado
advogando – inclusive em horário de expediente no MPE – para o procurador-geral
de Justiça.
A decisão contraria
o discurso do procurador-geral, feito intramuros, defendendo o exercício da
advocacia por servidores do MPE, em uma tese cultivada, obviamente, em defesa
do amigo-de-fé-irmão-camarada, além de assessor, sócio e advogado André Ricardo
Otoni Vieira, que ele mantém no cargo, em claro desafio ao CNMP, mediante manobras protelatórias. Este foi o sujeito oculto que figurou, sem ser mencionado nominalmente,
na bizarra discussão se deveria, ou não, ser acatada a resolução do CNMP
proibindo o exercício da advocacia por servidores do Ministério Público. Os
laços entre ambos são tão estreitos, que quando foi compelido a afastar do
cargo Vieira, por determinação judicial, Neves limitou-se a afastá-lo, sem,
porém, exonerá-lo. Com isso, André Ricardo Otoni Vieira acabou agraciado com o
ócio regiamente remunerado, sob o patrocínio de Marcos Antônio Ferreira das
Neves, o Napoleão de Hospício.
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