Equipe do portal Outros 400: sempre na contramão da versão oficial. |
“Nossa proposta
é um contraponto à narrativa oficial.” Feita em nome do coletivo, esta é a
definição da equipe de jovens profissionais envolvidos na empreitada sobre os
princípios editoriais que balizam o Outros 400, o portal de jornalismo paraense que
acaba de ser lançado e cujo endereço eletrônico é http://www.outros400.com.br/ . Todos muito jovens, entre 24 e 30 anos, e descritos como "de aguçado senso crítico", da equipe fazem parte Abílio
Dantas, jornalista; Fernanda Martins, jornalista; Gustavo Dutra, jornalista;
Herôn Victor, publicitário; Jeijy Okada, publicitário; João Cunha, jornalista;
Kamilla Santos, jornalista; Kleiton Silva, jornalista; Marri Smith,
publicitária; Moisés Sarraf, jornalista; Rafael Monteiro, publicitário; e Yasmin
Uchôa, jornalista. “Começamos a refletir a partir da compreensão de que a História é uma
construção social. E que, em momentos marcantes, como o aniversário de 400 anos
de Belém, acontecem grandes apropriações políticas dos fatos passados. Nesse
sentido, partimos à reflexão dessa história”, pontuam, pontuam, ao explicar a
ideia básica que inspirou o surgimento do portal, cuja página no Facebook pode
ser acessada pelo link https://www.facebook.com/Outros400/
. A primeira reportagem do portal, intitulada “Um risco, um pixo e um grafite”,
pode ser acessada pelo link http://www.outros400.hostbelem.com.br/especiais/3594 .
A expectativa imediata, esclarece o grupo,
é estimular o contraditório, inclusive revisitando a História, ao focar os
fatos à margem da versão oficial e revelando a face sombria de personagens incensados nos relatos consagrados pelo status quo. “Achamos que o
debate no espaço público está minguado, com poucas vozes destoantes”, acentuam.
“É por isso que governos impõem suas decisões sem debate, participação, sem
atender aos interesses da população”, sentenciam, com aquela pitada convicção
pétrea de quem utiliza as palavras para expressar seu pensamento e não para
escamoteá-lo. A mesma convicção que revelam ao contestar, com o ousado destemor
da juventude, um dos princípios cultivados pela mídia tradicional, pelo menos
para consumo externo: a imparcialidade. “Entendemos a imparcialidade
como mito”, antecipam. .”E basta olhar com clareza. A história da imprensa
mostra isso”, sublinham.
“Fatos são o sólido e a interpretação é que deveria
variar. Mas mesmo fatos, hoje, são destoados, distorcidos pelos veículos de
comunicação”, acrescentam, para em seguida detalharem a ambição que permeia o
lançamento do portal Outros 400: “Além de uma nova interpretação,
partimos de uma interpretação dos fatos voltados para o interesse real da
população. Há o emergir de novos movimentos em Belém, desde a comunicação às
artes. E acreditamos fazer parte desse movimento no campo da imprensa.”
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