segunda-feira, 5 de novembro de 2012

GUERRA SUJA – Pretensão de ser o tutor

        Com a soberba de quem se sente o avalista eleitoral e o artífice midiático da vitória do prefeito eleito, e por via de conseqüência politicamente fortalecido, Romulo Maiorana Júnior, o Rominho (foto), retoma a cruzada dos Maiorana contra Jader Barbalho. O presidente executivo das ORM obviamente prioriza o objetivo de ser o tutor político não só de Zenaldo Coutinho, mas também do próprio governador tucano Simão Jatene, o Simão Preguiça, cuja parceria com o morubixaba do PMDB no Pará jamais foi absorvida pelos Maiorana. E nem pelos tucanos mais empedernidos, compelidos a conviver e prestar reverências aquele a quem, até passado bem recente, etiquetavam de Anhangá, o espírito maléfico na mitologia amazônica. Como os saqueadores do erário só vicejam na cizânia, na disputa pelo butim é indispensável, para os Maiorana, e também para a parcela mais voraz da tucanalha, afastar Jatene de Jader, para que se locupletem à vontade com as benesses do poder. Como bem sabem até os postes desta terra, o apreço pela moralidade pública passa ao largo dos protagonistas dessa guerra suja.
        É absolutamente previsível a afinidade dos Maiorana com a tucanalha, independentemente da guerra suja que travam com Jader Barbalho. De 1996 a 2006 – período que corresponde aos dois sucessivos mandatos do ex-governador Almir Gabriel e ao primeiro mandato de Simão Jatene como governador –, os Maiorana foram beneficiários de uma acintosa pilhagem ao erário. De 1996 a 2006, por um contrato travestido de convênio, para driblar a exigência de concorrência pública, a Funtelpa, a Fundação de Telecomunicações do Pará, simplesmente pagava um aluguel mensal para a TV Liberal utilizar suas 78 repetidoras e, assim, levar a programação da TV Globo para o interior do Estado. Ao longo de 10 anos, em valores ainda por atualizar, a tramóia rendeu R$ 37 milhões aos cofres das ORM e só foi abortada em 2007, após a posse da ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, eleita em 2006, ao derrotar na sucessão estadual o ex-governador Almir Gabriel, então no PSDB, vitória que resultou da estratégia eleitoral traçada por Jader Barbalho. Diante do fim da mamata, os Maiorana ingressaram na Justiça com uma ação reivindicando uma indenização de mais de R$ 3 milhões, a pretexto de suposta “manutenção” feita nas repetidoras da Funtelpa.

6 comentários :

Anônimo disse...

Você tem toda a razão, o jornal desse senhor já escolheu até o presidente da assembleia legislativa. Ele se acha e se pensa acima de todos, e como os políticos também pensam assim, a mistura é homogênea, para não cair na célebre farinha do mesmo saco.
Parabéns pela aula que desvenda a sujeira das comunicações no Pará.

Anônimo disse...

Se o Jatene não fincar o pé e o Zenaldo também, o Rominho vai mandar no Pará. Quem já viu o Morgado na Câmara dos vereadores tem uma ideia do que ese povo se acha. De uma coisa eles podem se gabar: eles são a verdadeira elite do estado, gente que pendura no erário quem bem entende, para ganhar fortunas e nem trabalhar.

Anônimo disse...

Com relação ao Processo contra a TV Liberal, movido pelo MPE, desde 2008 até hoje já passou pela mão de 11 desembargadores do TJE-PA e todos eles se julgaram suspeitos alegando motivo de foro intimo, segundo o parágrafo único do art. 135 do CPC (Cód. Processo Civil). É um absurdo que um processo dessa importância seja negligenciado de uma forma tão vergonhosa pelos Desembargadores que tem a obrigação de julgar os processos com isenção e independência. Será que já houve denúncia ao CNJ sobre mais esse escândalo do Judiciário Paraense?
Segue o link para consulta sobre o processo: http://200.217.195.100/consultasProcessuais/2grau/gerarRelatorio.do?cdprocesso=200830013542

Anônimo disse...

Sobre o Processo contra a TV Liberal, movido pelo MPE, que tramita no TJE-PA desde 2008, parece inacreditável mas 11 desembargadores alegaram suspeição para não julgar o processo em 2º grau, invocando o parágrafo único do art. 135 do CPC. Ou seja, todos eles se omitiram da obrigação de julgar o processo com independência e isenção declarando suspeito por "motivo íntimo", que segundo alei, não precisa ser declarado pelo magistrado. Esta situação é mais um absurdo cometido pelos magistrados do TJE-PA e precisa ser denunciada ao CNJ, urgentemente!!! Segue o link para a consulta do processo no site do TJE-PA: http://200.217.195.100/consultasProcessuais/2grau/index.jsp

Anônimo disse...

Há décadas discutindo a mesma coisa.
Quem manda mais: Rominho ou Barbalho?

E a alternância no poder ao longo de longos e longos anos vai alimentando essas famílias que se locupletam às custas da pobreza da cidade e do Estado.

Pobre Pará pelos seus políticos e pela população que os elege.

Anônimo disse...

Alô Ministério Público Federal fiquem de olho,porque os maioranas,deve ser nome forjado, pois não tem nada haver com italiano, fizeram as partes necessárias pra eleição do candidato da legenda 45 e, isso com certeza há dois interesses diretos que se chocam ao do público maior, se assim ainda interessar aos poderosos do MPF, o primeiro se refere ao terreno da família maiorana localizado na pedro alvares Cabral com a rua Manoel Evaristo, que existe indício factual que essa família deve uma boa soma a prefeitura de IPTU,e tem todas as características de terreno de pura especulação imobiliária e, o segundo quesito se encontra no outeiro que a mesma família quer na marra tomar o possessório de uma área que os barbalhos por questões de disputa de mera questão de poder.AOS REPRESENTANTES DO "PARQUET" FEDERAL SOMENTE COM AS VOSSAS INTERVENÇÕES A POPULAÇÃO BELENENSE VAI SE SENTIR JUSTIÇADA PELO PODER ESPOLIADOR DESSAS FAMIGERADAS FAMÍLIAS QUE SE VALEM PELO USO DE DINHEIRO QUE EXISTE MUITAS SUSPEIÇÕES DE SUA ORIGEM...