Na condição de um bem-sucedido barão da comunicação, Romulo Maiorana colocou O Liberal a reboque do regime dos generais, sem abdicar, porém, de seu status, no âmbito do Pará. Mas por ser efetivamente jornalista, cultivava um sincero reconhecimento pela habitual saga dos que dedicam-se a garimpar a informação. Com um estilo próprio, condimentando pela verve que revelava em notas curtas, ele era o responsável pela seção intitulada “Em Poucas Linhas”, do “Repórter 70”, cuja parte superior ficava por conta de Hélio Gueiros e Newton Miranda.
Cioso do seu status social, o patriarca dos Maiorana era capaz de desafiar os poderosos de plantão do Estado, em defesa dos seus jornalistas. Como pode verificar o ex-governador Aloysio Chaves, em um imbróglio envolvendo Luiz Paulo Freitas, já falecido, um repórter de mão cheia, cujo talento foi sufocado pela compulsão pelo jornalismo chapa-branca. Luiz Paulo Freitas ganhou visibilidade, para o público externo, com a eclética coluna do Paulo Zing, pseudônimo que adotou como um dos colunistas de O Liberal.
Nenhum comentário :
Postar um comentário