Não se trata de nenhuma adjetivação injusta, embutida subliminarmente na carta aberta da entidade, a condição de arrogante atribuída a Camilo Centeno pelo Sindicato dos Radialistas. Primo e ex-cunhado de Jader Barbalho, até pelo próprio parentesco Camilo Centeno foi introduzido no grupo de comunicação da família Barbalho. Com o decorrer dos anos, ele revelou-se não só um profissional competente, mas também um administrador razoavelmente talentoso, até tornar-se um fiel escudeiro do morubixaba do PMDB no Pará. Quando sua irmã, hoje Márcia Cristina Zahluth Centeno Barbalho (foto, com Jader Barbalho), protagonizou um affaire com Jader, que desembocaria em casamento e filhos, Centeno, constrangido, pretendeu deixar a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, sendo então demovido da idéia pelo seu círculo profissional mais íntimo. O constrangimento soou plausível: Márcia vem a ser sobrinha de dona Elcione, filha de uma das irmãs da deputada federal peemedebista, que é a mãe dos dois filhos mais velhos do senador e ex-governador - Jader Barbalho Filho, diretor-presidente do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação dos Barbalho, e Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua, em fim de mandato. Os vínculos de Centeno com o ilustre primo tornaram-se tão estreitos, mas tão estreitos, que sequer a separação de Jader de Márcia, substituída pela deputada estadual Simone Morgado, do PMDB, conseguiu tisnar a relação dos dois, Jader e Centeno.
Centeno, hoje, convive pacificamente com Jader Barbalho Filho, que revelou-se um competente executivo de jornal, e Francisco Melo, este amigo e contemporâneo de colégio de Jader, cujo patrimônio administra com dedicação e lealdade, incluindo-se no restrito elenco das pessoas da mais absoluta confiança do senador e ex-governador peemedebista. O tempo, possivelmente, fez Centeno amadurecer e, pelo menos em relação ao círculo mais íntimo de Jader Barbalho, deletar seus rasgos de prepotência. Até aqui, porém, houve um longo caminho a percorrer. Sabe-se, embora seus protagonistas jamais se permitam admitir, de um episódio ilustrativo da soberba do irmão de dona Márcia. A uma certa altura, quando a Helder Barbalho competia gerenciar as rádios do grupo de comunicação da família, reagiu com um berro, diante da pretensão de Centeno em tratá-lo como subalterno, em um incidente que exigiu a intervenção de Jader Barbalho para aplacar a ira do filho mais novo do seu casamento com dona Elcione Barbalho. Uma lambança semelhante a que Centeno protagonizou quando a redação do Diário do Pará migrou da rua Gaspar Viana para a avenida Almirante Barroso, sendo abrigado no prédio no qual foi instalada a TV RBA. Ao visitar as novas instalações do jornal, Laércio Barbalho retirou-se indignado, ao deparar com a minguada sala que lhe fora reservada por Centeno, incompatível com o status de fundador do Diário do Pará. Naquela altura Laércio Barbalho, cuja incompetência administrativa sempre conspirou contra o jornal, já abrira espaço para a ascensão do neto, Jader Barbalho Filho. Acolhê-lo com um mínimo de dignidade era o que se esperava, por se tratar de um homem já crepuscular, que se resignara em sair de cena, mas Centeno não se conteve em sua continental soberba.
Na esteira da sua arrogância, Centeno já foi capaz de ignomínias sem remissão, como, por exemplo, mandar suspender um laboratorista do Diário do Pará, por chegar atrasado para o expediente. Na época os funcionários do jornal dos Barbalho estavam com seus salários atrasados há pelo menos dois meses. O laboratorista, convém acentuar, residia na periferia e ia para o jornal a pé, porque sem dinheiro sequer para pagar uma passagem de ônibus. Outra monumental lambança de Centeno, reveladora de parcos escrúpulos, foi enviar por fax a tabela de publicidade, do Diário do Pará e dos principais veículos do grupo de comunicação dos Barbalho, para o advogado Daniel Lavareda, que na ocasião disputava a eleição da OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, em oposição a Ophir Cavalcante Júnior, o Ophirzinho. Em seguida, ele telefonou a Lavareda, para dizer-lhe que o jornal estaria aberto à oposição, sugerindo, subliminarmente, que o advogado precisaria comprar espaço no Diário do Pará, para fazer repercutir as propostas da chapa de oposição.
Na falta do que fazer de mais produtivo, Centeno já chegou a ser capaz de pretender monitorar o noticiário esportivo, embora entenda tanto de jornalismo quanto eu de física quântica. Até porque, segundo recorrentes relatos, se extrapolar os limites da sua competência profissional, ele não sobreviverá a um ditado de 10 linhas.
Um comentário :
e ele continua fazendo das suas, com se jeitinho "meloso" e "avaselinado", sua mais nova invençao foi promover o ex-prefeito Helder à condição de ancora de programa de rádio, sem contrato de trabalho e sem registro profissional de radialista. O Presidente do Sindicato, Sr. Nonato e Cavalcante tem que dar uma explicação pra categoria, pois vive cobrando registros de quem trabalha nas ORM e não tem moral pra exigir o DRT do Helder. Aliás, essa invençao do Vaselina Centeno é uma forma para que o Helder continue aparecendo na mídia, afinal está sem mandato e vc sabe como é " cachorro morto, todo mundo chuta"
Postar um comentário