Foi por conta de sua dose de arrogância, possivelmente, que Romulo, já todo-poderoso, experimentou um revés traumático, para sua cota de vaidade, quando saiu candidato a presidente da Assembléia Paraense, um dos mais ricos, clubes do Norte do Brasil, cujas veleidades aristocráticas ficaram no passado. Ele amargou uma derrota acachapante imposta pelo respeitável advogado Edgar Contente, escalado apenas para marcar posição. Magoado, Romulo administrou silente o revés e migrou para o Iate Clube, no qual investiu pesadamente, inclusive com recursos próprios, até transformá-lo em point dos homens de bem e de bens.
No relato de testemunhas do revés imposto a Romulo, a pretensão do empresário da comunicação de tornar-se presidente da Assembleia Paraense supostamente embutiria um surdo revide, por no passado ter sido punido com uma suspensão, em decorrência de um comportamento impertinente, provocado por excessos etílicos. Esse rigor não surpreende, se devidamente contextualizado. No passado, o estatuto do clube proibia, por exemplo, que mulheres desquitadas freqüentassem a Assembleia Paraense, proibição que se estendia também a mulheres que não fossem formalmente casadas. Na reforma do estatuto, da qual participou o ex-deputado Oswaldo Melo, já falecido, o ex-parlamentar advogou em causa própria, ao deletar a discriminação contra as mulheres desquitadas ou que não fossem formalmente casadas. Isso impedia Melo de freqüentar o clube com a sua segunda mulher, obstáculo que o ex-parlamentar diligentemente tratou de remover.
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