segunda-feira, 5 de novembro de 2012

GUERRA SUJA – Valéria, o palpite infeliz

        Mais recentemente, em 2008, nas eleições municipais em Belém, o Ibope – cujas pesquisas foram terceirizadas, acabando sob a responsabilidade de uma empresa de fundo de quintal - manteve na liderança absoluta a ex-vice-governadora Valéria Vinagre Pires Franco (foto), do DEM, a candidata da predileção dos Maiorana, permitindo-se apenas e tão-somente, na última rodada de pesquisas antes do primeiro turno, registrar um suposto empate técnico entre ela e Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu. Abertas as urnas, a Dondoca da Doca, a despeito de ter feito a mais rica campanha eleitoral e gozar do indisfarçável apoio dos Maiorana, não só ficou fora do segundo turno, como amargou um humilhante quarto lugar, atrás de Arnaldo Jordy. Na época, o candidato do PPS, recorde-se, protagonizara uma campanha paupérrima, compensada apenas pelo seu conhecimento de causa sobre as mazelas de Belém.
        Longe do teleprompter e no debate direto com seus adversários, a musa do DEM revelou-se uma candidata medíocre, exibindo um desempenho pífio. O segundo turno, nas eleições de 2008, foi disputado por Duciomar Costa, pelo PTB, o plano B do então governador Almir Gabriel, naquela altura no comando do PSDB, e José Priante, do PMDB, primo de Jader Barbalho. Sabiam todos da periculosidade do nefasto Dudu, que no passado fora flagrado clinicando, fazendo-se passar por médico oftalmologista, ostentando inclusive um falso diploma, supostamente expedito pela UFPA, a Universidade Federal do Pará. Preso e fichado pela Polícia Federal, ele escapou da prisão porque, valendo-se de advogados chicaneiros, conseguiu seguir impune, até o crime prescrever. Ironia das ironias: o advogado do Conselho Regional de Medicina e do Sindicato dos Médicos, no imbróglio envolvendo Duciomar Costa, era Ronaldo Barata, já falecido, um profissional de competência, experiência e probidade reconhecidas, que foi um dos fundadores do PSDB no Pará. Fiel escudeiro de Almir Gabriel, por conta das conveniências políticas do Palácio dos Despachos, Ronaldo viu-se obrigado a conviver com o nefasto Dudu, a quem a tucanalha inicialmente tornou senador, eleito em 2002, e posteriormente prefeito de Belém, eleito em 2004 e reeleito em 2008.

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