A vida se encarregou de reduzir a limites toleráveis a arrogância de Romulo Maiorana, anabolizada pelo sucesso como empresário da comunicação. Ao mesmo tempo, ele exteriorizava claramente suas preocupações sociais, algo inusitado para a época. Nunca, jamais, deixou de pagar em dia seus funcionários. “Minha preocupação, ao pagar com pontualidade, é impedir que eles percam o crédito no comércio”, disse-me certa vez o próprio Romulo, em um dos raros contatos diretos que tive com ele, quando diretor do Sindicato dos Jornalistas.
Leal e generoso como amigo, o patriarca dos Maiorana certamente não teve tempo de fazer o mais velho dos seus dois filhos interiorizar uma lição básica de sobrevivência na selva urbana– a auto-suficiência ajuda a alimentar a animosidade que cerca os muito poderosos em geral e os arrogantes em particular.
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