Apontado como o sujeito oculto responsável pela impunidade que aparentemente blinda no TCM o prefeito de São João de Pirabas, Cláudio Barroso, Daniel Lavareda foi um advogado de ascensão meteórica. Pessoalmente afável, ele exibe a virtude de ser fiel aos amigos e o senão de sucumbir ao deslumbramento diante da súbita ascensão social. Ele fez carreira no TCM, do qual é advogado concursado, e ganhou visibilidade pública ao sair candidato, pela oposição, a presidente da seccional do Pará da OAB, nas eleições de 2003, quando foi derrotado por Ophir Cavalcante Júnior, o Ophirzinho, hoje presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Lavareda vem a ser amigo pessoal de Jarbas Vasconcelos do Carmo, o do Carmo, presidente da OAB Pará, cargo do qual foi temporariamente afastado, na esteira da intervenção na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em um episódio sem precedentes na história da entidade. A intervenção foi provocada pelo envolvimento de do Carmo em uma suspeita venda de um imóvel doado à OAB, abortada pelas denúncias de corrupção suscitadas pela nebulosa transação.
A ascensão profissional e social de Lavareda e dos seus irmãos costuma ser relacionada a amizade da família do advogado com o então prefeito de Ananindeua Rufino Leão, um preposto do regime militar que tomou de assalto o poder com o golpe de 1º de abril de 1964. Um irmão mais velho de Lavareda tornou-se corretor de imóvel e, com um escritório tocado com a ajuda da família, fez-se beneficiário, e aos seus também, do fenômeno da mobilidade social.
Um comentário :
Será que o MP não vai responsabilizar o tribunal da corrupção estadual pelo desvio(a palavra é essa mesma, rico não rouba, desvia)de mais de cem milhões do dinheiro do povo? Então, que se extingam essas duas porcarias.
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