A vocação de Paulo Chaves a tiranete de província tem raízes recônditas. Nas vésperas do golpe militar de 1º de abril de 1964, juntamente com outros filhos da classe média alta ensandecida pela suposta “ameaça comunista”, ele participou da invasão da UAP, a União Acadêmica Paraense. O objetivo, que malogrou, era provocar um tumulto, a pretexto do qual a PM invadiria a sede da entidade, para espancar e prender as lideranças de esquerda.
Como secretário estadual de Cultura, Chaves permitiu-se saquear o erário, para conceder recursos à Assembleia Paraense, um clube de origem aristocrática e que é a agremiação mais rica do Norte, com um vasto patrimônio imobiliário e superavitário. De resto, na sua permanência na Secult, entre 1995 e 2006, e para a qual agora retornou, com a eleição de Simão Jatene, o Simão Preguiça, para um novo mandato como governador, ele mandou os escrúpulos e a lei às favas, patrocinando o mais escancarado nepotismo, ao abrigar na secretaria a mulher, a cunhada e o cunhado.
Como arquiteto, Paulo Chaves legou alguns colossais estrupícios. Um é a horrenda sede do TCE, o Tribunal de Contas do Estado, um projeto visivelmente inspirado nas curvas de Oscar Niemeyer, mas sem a marca do talento do mestre da arquitetura. O Hangar, o faraônico centro de convenções do Estado, apresenta notórios problemas de acústica. De resto, foi projetado sem nenhuma preocupação com acessibilidade. O projeto não previu o acesso de cadeirantes, por exemplo.
2 comentários :
Só eu acho o hangar feio e insuficiente para os grandes eventos do estado?
Muito pertinente o comentário das 15:32. O "PC" até hoje não digeriu a "ofensa" ao seu ego narcisista de ter sua (dele) fotografia retirada da porta de entrada do teatro Sílvia Nunes, na Estação das Docas.
Postar um comentário