Ao lado do também coronel Jarbas Passarinho, o coronel Alacid Nunes (foto, à dir.) foi uma das duas maiores lideranças do golpe militar de 1º de abril de 1964 no Pará. Com o golpe militar, Jarbas foi feito governador e Alacid prefeito de Belém. Eleito posteriormente senador, Jarbas foi sucedido no governo do Pará por Alacid, que protagonizou aquele espetáculo clássico na política, da criatura que se volta contra o criador. Na disputa entre os dois, Jarbas acabaria por ser aniquilado, ao ser derrotado nas eleições de 1982, quando postulava a reeleição como senador, perdendo para Hélio Gueiros, o candidato de Jader Barbalho e do PMDB, com o apoio justamente de Alacid.
Alacid alimentava, é claro, o continuísmo, mas subestimou a sagacidade e o apetite político de Jader Barbalho, do PMDB, a quem ajudou a eleger-se governador, nas eleições de 1982. Ao pretender manietar Jader, levou uma rasteira deste, acabando por submergir no ostracismo em 1994, quando dormiu eleito para a Câmara Federal e acordou suplente, alijado por Vic Pires Franco, que como ele integrava a coligação que elegeu Almir Gabriel governador. O projeto de fazer seu sucessor político um dos filhos, o engenheiro Hildegardo Nunes, vice-governador no segundo mandato do ex-governador Almir Gabriel, então no PSDB, não vingou.
Sob o mesmo estigma dos tucanos em seus primórdios, de ter charme mas não dispor de votos, Hildegardo tropeçou nas tentativas de ser eleito deputado estadual, pelo PFL, hoje DEM, e depois governador, em 2002, pelo PTB. Após romper com Almir Gabriel, que o preteriu de forma desrespeitosa como seu eventual sucessor, em 2002, desaguou no PMDB, submisso a liderança de Jader Barbalho, fazendo número nas eleições de 2006, como vice de José Priante, e de 2010, como vice de Domingos Juvenil, os candidatos ao governo pela legenda peemedebista. Entre uma disputa e outra foi secretário de governo de Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua pelo PMDB, pretenso herdeiro político do pai, Jader Barbalho.
Um comentário :
Com toda essa patifaria, nem ministério público nem tje tomam providência nenhuma. Tratam logo é de negociar cargos prá parentes e apaniguados, principalmente nessas duas imundicies, tribunais da corrupção estadual e municipal. Mas esperar o que do judiciário, quando a bandalheira começa lá em cima, com a indicação para ministro do supremo, pela presidência da república?
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