Pelo menos parcialmente soa justificável o desalento de Adiel Fernandes de Luna, que durante 27 anos serviu à família Novelino, mantendo estreitos laços com o ex-deputado estadual Alessandro Novelino. Afinal, as denúncias que ele fez ao Ministério Público Estadual, inclusive documentais, valendo-se da delação premiada, e que comprometiam Alessandro Novelino, foram arquivadas, diante da morte do parlamentar. Mas perduram válidas no que se referem às empresas da família Novelino, cuja prosperidade é habitualmente associada a ilícitos, embora perdure o silêncio por parte do MPE.
Um desses ilícitos aos quais costuma ser relacionada a prosperidade dos Novelino é a agiotagem. Assumida, pública e impunemente, pelo então deputado estadual Alessandro Novelino, em entrevista a O Liberal, a quando do assassinato de dois dos seus irmão, Uraquitã e Ubiraci, em 25 de abril de 2007, a mando empresário João Batista Ferreira Bastos, conhecido como Chico Ferreira. O crime é atribuído a uma dívida de Chico Ferreira com os Novelino que chegaria, com os juros, a R$ 4 milhões.
Nos bastidores fala-se, em uma versão nunca confirmada, que o assassinato dos irmãos Uraquitã e Ubiraci teria sido precipitado pelo suposto espancamento da mulher de Chico Ferreira e da suposta ameaça do mesmo ocorrer com a filha do ex-empresário. Da mesma forma como a eficiência revelada pela polícia, nas investigações, teria sido turbinada pelo pródigo financiamento patrocinado pelo patriarca dos Novelino, Ubiratan Novelino, mais conhecido como Bira Novelino, habitualmente descrito como “um homem perigosamente truculento”.
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